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Estado de Minas

Alckmin pede a Dilma R$ 3,5 bi para obras contra a seca

Governador de São Paulo nega que recusou ajuda federal e apresenta oito obras


postado em 11/11/2014 06:00 / atualizado em 11/11/2014 07:49

Grasielle Castro e Paulo de Tarso Lyra


Brasília – Duas semanas depois de ser um dos principais pontos de divergência entre tucanos e petistas na reta final das eleições, a crise hídrica paulista pôs sentados ontem, à mesma mesa, a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) e o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a fim de tentar encontrar caminhos para solucionar o problema. Em reunião no Palácio do Planalto, Alckmin pediu ajuda a Dilma. De acordo com o tucano, são necessários R$ 3,5 bilhões para tirar oito obras estruturantes do papel. Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que participou do encontro, a presidente pediu maior detalhamento do que foi apresentado, e o tema será discutido novamente na próxima segunda-feira, em reunião entre técnicos estaduais e do governo federal.

Dilma quer cobrar do governo paulista com exatidão o papel de cada ente federado a partir de agora. Durante a campanha, a discussão sobre quem tinha responsabilidade sobre quais setores foi um dos pontos de atrito entre PT e PSDB. “É a primeira vez que o governo de São Paulo apresenta esse plano ao governo federal. Vamos ter uma conversa mais aprofundada para bater o martelo naquilo em que o Executivo federal ajudará o estado. Estamos muito preocupados com a situação, então estamos dispostos a contribuir com soluções”, disse Miriam. Segundo a ministra, se estiver clara a importância dessas obras para o abastecimento de água em São Paulo, o Planalto pode apoiar todo montante. Para Alckmin, o recurso pode sair do Tesouro por meio de financiamentos. Perguntado sobre quanto espera receber do governo federal para tocar essas obras, respondeu: “O máximo que puder. Pode ser a fundo perdido e financiamento.”

O governador paulista negou que haja uma mudança de posição na relação com o Planalto. “Ao longo desses quatro anos, fizemos inúmeras parcerias com o governo federal e sempre fiz questão de destacar essas iniciativas, como o Rodoanel Norte, que é uma obra federal e estadual. Nós complementamos em São Paulo o Minha Casa, Minha Vida por meio do Casa Paulista. Colocamos até R$ 20 mil por unidade a fundo perdido”, disse. “Acabou a eleição, a população quer soluções concretas, e os recursos devem ir para onde há necessidade. Eu vejo que há, na vida pública, dois deveres para quem é oposição: divergir e interagir. Divergir naquilo que entendemos que não é adequado e interagir. Governo tem que interagir e fazer parcerias”, ressaltou Alckmin.

RACIONAMENTO O governador negou ainda que haja risco de desabastecimento. “Não há esse risco, como repetimos desde o início do ano. Nós temos, em São Paulo, um sistema extremamente forte, nem entramos na segunda reserva técnica do Sistema Cantareira. O abastecimento está garantido e estará garantido no primeiro e no segundo semestre”, completou o tucano. Alckmin negou que tenha cometido um erro ao não determinar um racionamento de água antes do período eleitoral. Segundo ele, o bônus instituído em fevereiro para premiar quem economiza água obteve bons resultados, sem expor a população aos problemas de um racionamento. Neste mês, o bônus foi ampliado, com descontos que vão até 30% do total da conta.

As oito obras apresentadas pelo governador são: interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari; construção de dois reservatórios em Campinas; adução dos reservatórios; Estação de Produção de Água de Reuso (Epar) Sul de São Paulo; Epar Barueri; interligação do Jaguari com o Atibaia; interligação do Rio Grande com o Guarapiranga; e poços artesianos no Aquífero Guarani.

 

e mais...

Paz selada com Obama
A reunião do G-20 na Austrália, esta semana, trará um componente extra para o governo brasileiro.
Está confirmada a realização de agenda bilateral da presidente Dilma Rousseff com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Embora tenham conversado por telefone e até se encontrado em outras reuniões internacionais, como na última assembleia da ONU, nos Estados Unidos, essa será a primeira reunião formal com os líderes dos dois países desde a crise diplomática provocada pela espionagem americana no Brasil. As áreas diplomáticas dos dois países avaliam que o gelo já foi quebrado em telefonemas trocados pelos dois e, especialmente, depois que Obama ligou para Dilma parabenizando-a pela reeleição. 

 

Problema nas contas da Saúde
Auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) constatou prestação inadequada de contas e falhas de gestão e de controle interno do Ministério da Saúde no ano passado. Auditores apontaram irregularidades na compra de vacinas contra influenza, adquiridas da Fundação Butantã por R$ 150,7 milhões. De acordo com a CGU, a fundação deveria produzir 99 milhões de doses, mas acabou adquirindo grande parte das vacinas de uma empresa francesa. O ministério afirma que não há irregularidade porque havia parceria para transferência de tecnologia. Diz ainda que conseguiu reduzir o preço da dose, economizando R$ 31,96 milhões e esclarece que atendeu a recomendação da CGU e vai rever o convênio e avaliar os custos.

 

Valdemar em  regime aberto
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu ontem regime aberto de prisão domiciliar ao ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, condenado a sete anos e 10 meses de prisão no processo do mensalão. Com a decisão, Valdemar vai cumprir o resto da pena em casa. Barroso entendeu que o ex-parlamentar tem direito ao benefício por ter cumprido um sexto da pena, requisito exigido pela Lei de Execução Penal. 

 

Nova denúncia contra Pizzolato
A fuga do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato continua rendendo denúncias na Justiça brasileira. O Ministério Público Federal (MPF) em Lages (SC) denunciou o ex-diretor à Justiça Federal por falsidade ideológica ao ter fraudado o documento de seu irmão, falecido em 1978. No documento, encaminhado à Justiça Federal, o MPF pede ainda a prisão preventiva de Pizzolato por meio do tratado de cooperação judiciária que o Brasil mantém com a Itália. Na denúncia, são descritos os locais, as datas e o modo pelo qual Pizzolato conseguiu recriar os documentos com os quais conseguiu obter o passaporte italiano que lhe permitiu fugir do Brasil.


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