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Estado de Minas

Lula: é muito cedo para pensar em candidatura em 2018

No entanto, o ex-presidente não descartou a possibilidade de concorrer novamente


postado em 05/10/2014 15:07 / atualizado em 05/10/2014 15:19

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo, 05, que é "muito cedo" para pensar em sua candidatura em 2018. "Não me passa pela cabeça discutir 2018 agora. O que eu quero é que a Dilma (Rousseff) ganhe as eleições", afirmou, após votar em uma escola de São Bernardo do Campo. Mas ponderou: "Penso política até o último dia da minha vida." Lula disse ainda que o processo eleitoral de 2018 será discutido em 2017 e que há um "trabalho imenso de fortalecimento do PT" que precisa ser feito nos próximos anos.

Questionado sobre uma possível aliança do PT com o PSB, da candidata Marina Silva, em um eventual segundo turno da petista com o tucano Aécio Neves, Lula afirmou ser possível e destacou que o PT sempre fez aliança com o PSB. "Temos alianças em outros Estados. Vamos esperar o resultado das urnas para ver com quem a gente conversa", disse. "Conversar nós vamos ter que conversar, ou para compor uma aliança na eleição ou para compor uma aliança de governabilidade, portanto vamos esperar o processo eleitoral", completou.

O ex-presidente disse que é preciso não se precipitar nem "sentar na cadeira antes de terminar as eleições". "Apesar de a Dilma já estar sentada na cadeira porque é a presidente", brincou. Lula disse que iria aproveitar o resto do domingo para descansar e disse que não pretendia ir para Brasília, nem mesmo se Dilma fosse reeleita já no primeiro turno. "Não, não. Vou telefonar para ela. Vou tirar dois dias para descansar, segunda e terça. Vou recuperar um pouco a garganta. Se tiver segundo turno vou ter muito comício", disse.

Ao lado do candidato ao governo, Alexandre Padilha, o ex-presidente se mostrou confiante no desempenho do seu pupilo, que tem, segundo as pesquisas, 11% das intenções de voto. "Tanto é que estou aqui com Padilha. Estou não só acreditando como torcendo para ter segundo turno", disse. Na saída de Lula, os dois se abraçaram. Em uma conversa de pé de ouvido o ex-presidente convidou o ex-ministro para sua festa de aniversário que aconteceu no próximo dia 27.

'Clássico' entre PT e PSDB
Lula votou por volta do meio dia em um colégio de São Bernardo, exaltou o processo eleitoral brasileiro e afirmou que há muitas incertezas, portanto não dá para fazer especulações quanto ao resultado, mas disse acreditar em um provável segundo turno com o PSDB.

Questionado se acreditava em um "clássico" entre PT e PSDB no segundo turno, disse: "Acho que sim, não se inventa candidatura de última hora", em referência a Marina Silva (PSB).

Apesar disso, o ex-presidente reafirmou que o PT não escolhe adversário e que ele não tem preferência. "A preferência é do povo brasileiro", disse. "Quem tinha de falar já falou, quem tinha de gritar já gritou, quem tinha de chorar, já chorou. Agora todo mundo se subordina à consciência política do povo que vai votar", afirmou. "Já não vale mais pesquisa, não vale mais 'eu acho', 'eu penso', 'eu acredito'", completou.

Segundo Lula, o resultado das urnas hoje terá a cara da consciência política do povo brasileiro. Ele disse ainda que não dá para fazer previsão. "Com todas as pesquisas, há 'n' possibilidades, (como) Dilma (Rousseff) ganhar no primeiro turno; do Aécio (Neves) ir pra segundo turno, da Marina (Silva) ir para segundo turno. É uma coisa que está muito incerta", disse. "Muitas vezes a urna surpreende, então vamos aguardar", afirmou.

Descanso
Logo depois de votar, o ex-presidente disse que pretende descansar por pelo menos dois dias para se preparar para um eventual segundo turno. "Vou recuperar um pouco a garganta. Se tiver segundo turno vou ter muito comício", disse. No caso de reeleição de Dilma logo no primeiro turno, Lula disse que não pretende ir a Brasília. "Vou telefonar para ela".

Lula votou em uma escola estadual acompanhado da mulher, Marisa, do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, do senador e candidato à reeleição, Eduardo Suplicy, do prefeito da cidade, Luiz Marinho, e do presidente do diretório estadual do PT, Emídio de Sousa. Ele foi recebido por uma multidão.

Questionado se espera um segundo turno na eleição em São Paulo, o ex-presidente disse que não só está acreditando como torcendo para isso. "Tanto é que estou aqui com Padilha", disse. O candidato petista está em terceira colocação, com 14%, de acordo com pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo finalizada neste sábado.

O levantamento aponta a possibilidade de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se reeleger no primeiro turno, já que aparece com 57% dos votos válidos, seguido de Paulo Skaf (PMDB), com 24%.


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