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Estado de Minas

Ministro da Justiça manda PF apurar revista em comitiva de Lobão Filho

Policiais revistaram a aeronave, veículos e até a bagagem da comitiva do parlamentar no aeroporto de Imperatriz (MA). Houve protesto de caciques do PMDB


postado em 27/09/2014 00:12 / atualizado em 27/09/2014 07:31

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, uma “apuração rigorosa” da atuação de agentes que abordaram o candidato ao governo do Maranhão, senador Edison Lobão Filho (PMDB), informou ontem a assessoria de imprensa do ministério. Os policiais revistaram a aeronave, veículos e até a bagagem da comitiva do parlamentar no aeroporto de Imperatriz (MA). Houve protesto de caciques do PMDB. O vice-presidente da República e presidente do partido, Michel Temer, divulgou nota para reclamar da ação dos federais. Lobão Filho é filho do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. A Polícia Federal não se pronunciou sobre o caso, mas a alegação dos agentes é que a operação se destinava a verificar denúncia anônima de dinheiro de caixa 2 na campanha.
Lobão Filho dedicou boa parte do seu programa eleitoral de ontem para explorar a operação da Polícia Federal. Ele insinuou ter havido o envolvimento do secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, na ação da PF para beneficiar a candidatura do adversário, Flávio Dino (PCdoB). A motivação seria o fato de, horas antes da operação, o secretário ter aparecido em blogs e no programa eleitoral de Dino dando apoio ao candidato.

“Coincidência ou não, na madrugada de quinta-feira, em Imperatriz, uma ação truculenta da Polícia Federal, foi desencadeada contra mim e contra o deputado Gastão Vieira (candidato ao Senado na coligação)”, afirmou ele.
No programa, Lobão Filho disse ser “um homem sério” e sabe que a Polícia Federal “também é uma instituição séria”. “A Polícia Federal não pode ser usada como instrumento eleitoral numa campanha política”, afirmou. Ele citou ter orientado seus advogados a pedir apurações contra Paulo Abrão e à PF para apurar as razões da operação. O candidato afirmou ainda que seu partido, por meio do vice-presidente da República, Michel Temer, mostrou a sua indignação e a presidente Dilma Rousseff foi “igualmente informada”.

Em segundo lugar nas pesquisas, Lobão Filho termina seu programa dizendo ir às urnas “com muita serenidade” porque tem a consciência de ter apresentado as melhores propostas e que todas elas vão ser prontamente executadas por ele saber como fazer. “E eu conto ainda com o apoio da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Por tudo isso, espero merecer a sua confiança e o seu voto. Pra frente, Maranhão!”, encerra.

O candidato do PCdoB ao governo do Maranhão, Flávio Dino, criticou a reação do PMDB, em postagem publicada no Twitter, a intimidação do PMDB sobre a PF.. “Absurda essa intimidação do PMDB sobre a Polícia Federal. Será que tem algo a ver com delações de Paulo Roberto Costa e do doleiro Youssef?", questionou. É uma referência ao ex-diretor da Petrobras que citou políticos do PMDB nos depoimentos prestados e ao doleiro Alberto Youssef, que decidiu nesta semana fazer uma delação premiada. Os dois estão presos por envolvimento na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

DELEGADOS
A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) divulgou nota ontem, em apoio ao delegado Paulo de Tarso Cruz Viana Junior, responsável pela operação na comitiva de Lobão Filho. Para a associação, a repercussão do caso “é própria e comum ao período eleitoral e em nada compromete a atuação eficiente e isenta do delegado de Polícia Federal”.
“É natural que alguns partidos façam uso político de fatos que nada mais são do que o regular trabalho de Polícia Judiciária Eleitoral atribuído legalmente à Polícia Federal", afirma a nota. “A ADPF faz questão de deixar claro que no exercício de suas atribuições constitucionais a Polícia Federal, enquanto órgão de Estado, não persegue, não intimida, mas também não se deixa intimidar”, completa.

Maluf se compara a Jesus e  =Getúlio

O candidato à reeleição a deputado federal Paulo Maluf (PP), de 83 anos, comparou seu atual momento político às “injustiças sofridas por Jesus Cristo, Getúlio Vargas e o
ex-presidente Juscelino Kubitschek”. Na terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral negou o registro da candidatura dele, por causa da Lei da Ficha Limpa. Apesar de inelegível, Maluf continua sua campanha e fez carreata na manhã de ontem, em São Paulo. “Meu eleitor, como todo eleitorado de São Paulo, é esclarecido, pois lê jornal, internet e ouve rádio. Sabe que me impugnaram em 2006, 2010 e agora em 2014 e sou candidato. É o ônus da vida pública. Jesus Cristo, Getúlio Vargas e Juscelino também foram injustiçados. Me sinto orgulhoso por todas as obras que fiz por essa cidade e estado”, declarou Maluf.


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