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Estado de Minas

Para Aécio, delação do doleiro fará 'muita gente tremer'

Presidenciável do PSDB acredita que problemas na Petrobras são mais graves que os noticiados


postado em 26/09/2014 00:12 / atualizado em 26/09/2014 07:11

"Tem muita gente por aí que treme, e muito, com essas delações premiadas. (...) Essa coisa funcionou de forma orgânica dentro da Petrobras ao longo de todo esse governo do PT" - Aécio Neves (PSDB), candidato a presidente (foto: Igo Estrela/Coligação Muda Brasil)

O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, afirmou nessa quinta-feira que o acordo de delação premiada do doleiro Alberto Youssef, negociado na quarta-feira com o Ministério Público Federal, vai fazer “muita gente tremer” com a possibilidade de novos casos de corrupção dentro da Petrobras. O tucano avaliou que os problemas na administração da estatal são “mais graves do que está sendo noticiado” e apontou a presidente Dilma Rousseff (PT) como maior responsável pelos desvios na empresa, uma vez que ela “comandou a estatal com mão de ferro”.

“Tem muita gente por aí que treme, e muito, com essas delações premiadas. Inclusive com uma declaração do diretor preso (Paulo Roberto Costa) em relação à participação de outros diretores da empresa. Não foi um fato isolado, não foi uma célula da empresa. Essa coisa funcionou de forma orgânica dentro da Petrobras ao longo de todo esse governo do PT. Será que dá para acreditar que a presidente Dilma não sabia?”, questionou Aécio.

O doleiro foi preso em março durante a Operação Lava a Jato, da Polícia Federal, acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado R$ 10 bilhões. Na quarta-feira, Youssef passou o dia no MPF, em Curitiba, onde firmou o acordo e prestou o primeiro depoimento sobre supostas irregularidades em contratos da Petrobras.

Aécio criticou também a política externa do governo federal e lamentou que a presidente tenha atacado – em seu discurso na Assembleia Geral da ONU – a coalizão formada por vários países para combater o Estado Islâmico (EI). “Em especial a manifestação da presidente em relação à postura das negociações, à postura dos Estados Unidos e da coalizão que se formou em relação às ações do Estados Islâmico. A presidente trocou diálogo com um grupo que está decapitando pessoas. Realmente essa não é a política externa que consagrou o Brasil ao longo dos séculos”, criticou Aécio.

Em campanha à Região Sul, o candidato ironizou o discurso da petista ao apontar ações do governo para impedir atos de corrupção na administração federal. Ele disse que Dilma deveria pedir desculpas ao povo brasileiro “pela governança trágica e perversa na Petrobras”.

GRENAL Em Porto Alegre, o tucano se mostrou confiante de que até 5 de outubro sua candidatura receberá parte dos eleitores que hoje apoiam Marina Silva (PSB), o que o levaria para o segundo turno. “Não saí de casa para figurar numa campanha eleitoral, minha disputa é para valer”, afirmou Aécio. “As propostas dela não se sustentam. Hoje ela sorri para o agronegócio, mas há alguns anos queria inviabilizar o trabalho no campo com sua proposta de restringir os transgênicos. Em 2003, quando o governo aprovou uma reforma da Previdência prejudicial aos aposentados, também não a vi esperneando ou criticando o PT”, destacou o candidato.

Para criticar a adversária, Aécio usou uma analogia futebolística. O tucano comparou Marina  a um torcedor do Internacional que decide torcer para o arquirrival Grêmio. “Como um gaúcho interpretaria um torcedor que esteve 24 anos no colorado, não conseguiu se eleger presidente do time e aparece em um Grenal (clássico entre as duas equipes) com a camisa do Grêmio? Ou vice-versa?”, alfinetou Aécio. Ele ressaltou que Marina construiu sua carreira no PT, mas que ela “não gosta de ser lembrada disso”.


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