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Estado de Minas

"Há uma guerra contra os pobres e negros", promovida pela PM, diz Zé Maria

Em entrevista, o candidato também diz defender o não pagamento da dívida externa e a estatização de bancos


postado em 08/09/2014 11:06 / atualizado em 08/09/2014 11:55

Candidato é contra financiamento de campanha por empresas:
Candidato é contra financiamento de campanha por empresas: "Quem contrata a banda escolhe o tipo de música que vai tocar" (foto: PSTU/Divulgação)
O candidato do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) à Presidência da República, Zé Maria, defendeu como uma de suas propostas para melhorar a segurança do país acabar com a existência da Polícia Militar, intitulada por ele como elemento da ditadura militar “que segue agredindo a população”. O presidenciável é o nono a participar de uma série de entrevistas na rádio CBN nesta manhã de segunda-feira (8/9).

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Para ele, esta seria a única medida para garantir uma polícia que cuide apenas da segurança da população, algo que não foi feito nas últimas gestões. “Há uma guerra contra os pobres e negros nas favelas que é feita pela Polícia Militar”, comentou. A solução para os problemas da economia brasileira, segundo ele, só vai ocorrer a partir do momento em que o Brasil deixar de pagar as dívidas interna e externa. Outra proposta seria estatizar o sistema financeiro. "O Brasil não pode continuar subordinado ao mercado internacional", disse.

Questionado sobre a compra de energias térmicas para garantir o volume que as hidrelétricas deveriam ter entregado, mas não conseguiram, o candidato afirmou que a solução a ser executada por ele, caso seja eleito, é descentralizar o fornecimento de grandes hidrelétricas construindo pequenas usinas. “A culpa [da falta de produção de energia em hidrelétricas] é das privatizações, que buscam apenas o lucro. (...) Elas [as empresas] não investiram o que deveriam investir e agora o governo vai gastar R$ 16 bilhões e depois repassar a conta para o consumidor, para que nós paguemos pela irresponsabilidade dessas empresas”, reclamou.

Questionado sobre a semelhança entre o programa de governo do PSTU e os de outros candidatos que defendem causas socialistas, ele afirmou que a luta do partido dele é diferente e que não seria possível união entre eles para uma única disputa ao cargo de presidente, pois os ideais são diferentes. “O PSTU, por exemplo, é o único partido que é contra o fundo partidário”, defendeu.

O candidato afirma que a sigla é totalmente contra receber verba de empresas para financiar campanha e que a destinada a eles é colocada em um fundo de poupança, mas não utilizada nos gastos cotidianos. “Nosso partido se financia com a participação da militância e de trabalhadores e estudantes que se dispõem a financiar”. Ele critica que os demais partidos que usam esse tipo de verba ficam à mercê de quem os financia. “Quem contrata a banda escolhe o tipo de música que vai tocar”, ironizou.

Perfil

Trabalhador metalúrgico e siderúrgico, José Maria de Almeida, o Zé Maria, nasceu em Santa Albertina, no interior de São Paulo, é solteiro e fará 57 anos no dia 2 de outubro, três dias antes das eleições. A companheira de chapa de Zé Maria é a servidora pública Cláudia Durans. Zé Maria completou o ensino médio e disputará pela quarta vez a Presidência – concorreu ao cargo em 1998, 2002 e 2010. Ele foi um dos fundadores do PT, partido do qual foi expulso em 1992, por apoiar o movimento “Fora, Collor”, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Programa de governo


O PSTU inclui 16 propostas em seu programa de governo, com o objetivo de “construir um Brasil para os trabalhadores”. O partido defende que todos os parlamentares recebam salário equivalente ao de um operário qualificado e que seus mandatos possam ser revogados a qualquer momento. Propõe a estatização de todo o sistema financeiro e o rompimento da dívida pública como forma de viabilizar recursos para investir em saúde, educação e transporte público. Defende, ainda, a anulação dos leilões do pré-sal e de todos os campos entregues às multinacionais, a volta do monopólio estatal do petróleo e a Petrobras 100% estatal. Para enfrentar a inflação, o programa do PSTU defende aumento geral dos salários e congelamento dos preços dos produtos, entre outros.


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