Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, teve na noite desta sexta-feira a demissão do cargo de diretor-financeiro da Petrobras Distribuidora confirmada pela empresa. Em nota, a estatal informa que seu conselho de administração aprovou, em reunião hoje, "a destituição do diretor financeiro da companhia, Nestor Cuñat Cerveró".
Desde que a informação de que a presidente Dilma tomou ciência e autorizou a compra da refinaria, o assunto agitou os bastidores da política. Em nota divulgada nessa quarta-feira, a Presidência da República afirmou que a decisão de Dilma foi baseada em um "resumo executivo elaborado pelo diretor da área internacional. Posteriormente, soube-se que tal resumo era técnica e juridicamente falho". Ainda de acordo com a nota, o documento omitia cláusulas "que, se conhecidas, seguramente não seriam aprovadas pelo Conselho".
Partidos de oposição farão na próxima terça-feira, 25, reunião em Brasília a fim de articular uma estratégia para emplacar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Congresso. O encontro será liderado pelo provável candidato à presidência e senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP).
Na quinta-feira, o tucano defendeu a criação de uma CPI mista para aprofundar as investigações sobre a aquisição da refinaria de Pasadena (EUA) pela estatal brasileira. "Aqueles da base do governo que dizem querer investigar essa questão e que já nos ajudaram a aprovar a comissão externa envolvendo outras denúncias na Petrobras, como no pagamento de propina por parte de uma empresa holandesa, esperamos que possam nos ajudar para que essa questão seja esclarecida", declarou. Para ser instalada, a CPMI precisaria das assinaturas de 27 senadores e de 171 deputados.
Com Agência Estado