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Estado de Minas

Governo do DF garante que Palácio do Planalto será autuada por vazamento de óleo

Poluição no Lago Paranoá, na sexta-feira, teria sido causada pelo vazamento de óleo de uma caldeira do Palácio do Planalto


postado em 23/01/2014 06:00 / atualizado em 23/01/2014 07:11

Uma boia de contenção foi colocada em uma das galerias pluviais do Distrito Federal para evitar efeitos piores do vazamento de óleo, que teria se originado em uma caldeira do Palácio do Planalto e alcançado o Lago Paranoá: laudo sai em 10 dias (foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)
Uma boia de contenção foi colocada em uma das galerias pluviais do Distrito Federal para evitar efeitos piores do vazamento de óleo, que teria se originado em uma caldeira do Palácio do Planalto e alcançado o Lago Paranoá: laudo sai em 10 dias (foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)

Brasília –
O óleo que poluiu o Lago Paranoá na sexta-feira vazou de uma caldeira do Palácio do Planalto. A informação, contestada pela Presidência da República, foi anunciada nessa quarta-feira pela Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal. A divulgação da origem do vazamento pôs o governo do DF em rota de colisão com o federal. Para tentar amenizar a polêmica, o Palácio do Buriti divulgou nota, no fim da tarde de ontem, informando que ainda é preciso aguardar o resultado de análises químicas para confirmar que o problema realmente foi originado no Planalto.

Mesmo assim, o governo do Distrito Federal afirmou que a administração do Palácio do Planalto será autuada e terá de pagar multa previamente calculada de R$ 50 mil. O laudo químico que confirmará o tamanho do prejuízo e as causas concretas do problema validará esse valor, segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Semarh). As amostras de água contaminada também foram enviadas à Universidade de Brasília no dia do vazamento, mas ainda não há previsão de divulgação da análise.

Para chegar à conclusão sobre onde o problema começou, técnicos do governo inspecionaram as galerias de águas pluviais da região. Eles afirmam que o vazamento teve início em uma caldeira do restaurante do Anexo IV do palácio presidencial. O laudo que confirmará a informação só sairá em 10 dias, mas o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Brandão, garantiu que não há dúvidas sobre a fonte do problema. No entanto, por meio de nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República declarou que essa afirmação só poderá ser feita após o resultado do laudo químico. O Planalto classificou a atitude da secretaria como “precipitada” e disse ainda que a conclusão do órgão ambiental do DF não é tecnicamente consistente.

O vazamento ocorreu em três manilhas da rede de galerias pluviais, na manhã de sexta-feira. A mancha, de aproximadamente 180 metros e 2 milímetros de espessura, não causou grandes estragos ambientais, segundo o governo. O principal motivo foi a rápida contenção. O Corpo de Bombeiros e a Transpetro utilizaram 16 tambores de metal e retiraram 3,2 mil litros da substância mais rápido que das últimas vezes.

Um funcionário do setor de máquinas do palácio, que preferiu manter o nome em sigilo, acompanhou as vistorias do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) às caldeiras. Ele afirmou ter mostrado o local onde o óleo fica – uma caixa separada da que recebe a água e tem ligação com a rede pluvial. O operador contou que não foi encontrado vazamento durante a avaliação.

Troca de acusações

Vazamento em outubro no Lago Paranoá causou mal-estar entre secretarias do governo do Distrito Federal. Em um primeiro momento, a Secretaria do Meio Ambiente informou que origem do óleo seria uma caldeira do Hospital Regional da Asa Norte. Mas a Secretaria da Saúde questionou e indicou a troca de asfalto que estava sendo realizada pela Secretaria de Obras como a causa. No fim de 2012, da Universidade de Brasília concluiu que o óleo veio do hospital.


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