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Estado de Minas

Petrobras é alvo de denúncia sobre poluição em lagoa na Região Metropolitana de BH


postado em 15/06/2011 07:22 / atualizado em 15/06/2011 07:41

Ambientalistas e moradores de Ibirité protestaram contra a estatal durante debate na Câmara dos Deputados (foto: Paulo de Araújo/CB/D.A Press )
Ambientalistas e moradores de Ibirité protestaram contra a estatal durante debate na Câmara dos Deputados (foto: Paulo de Araújo/CB/D.A Press )
As denúncias sobre a poluição na Lagoa da Petrobras, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram apresentadas ontem durante audiência pública da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável na Câmara dos Deputados. Estavam presentes várias autoridades ligadas à questão ambiental, mas os representantes da empresa não compareceram, deixando indignados os parlamentares. Os integrantes da comissão levaram estudos que comprovam a presença de metais pesados, oriundos do refino de petróleo, nas águas da lagoa e receberam também ambientalistas que conhecem o local.

“A lagoa está poluída com toxinas pesadas, metais perigosos para as pessoas. E a questão não é de hoje. A Petrobras já foi até acionada pela Justiça e pelo Ministério Público, mas continua se recusando a tomar qualquer providência. Fico decepcionado e triste com a falta de compromisso com os moradores da cidade e com toda a sociedade brasileira. Desde que ficamos sabendo do perigo da situação, por meio de um estudo da UFMG estamos procurando a lei, mas parece que não está adiantando. Por isso, vamos acionar os ministros responsáveis para que essa irresponsabilidade seja contida”, afirma o deputado federal Toninho Pinheiro (PP-MG).

Integrante da comissão do Meio Ambiente, o deputado alerta também para o fato de que as águas da Lagoa da Petrobras estão ligadas ao Rio São Francisco e as toxinas podem colocar em risco a vida de muitos habitantes das regiões banhadas pelo Velho Chico. “A lagoa poluída deságua no Rio Paraopeba, que por sua vez vai ao São Francisco, o que torna a situação ainda mais perigosa. Nosso objetivo é continuar lutando e pressionando os responsáveis, para que possamos voltar a aproveitar uma lagoa tão importante para a cidade”, diz Pinheiro.

A lagoa foi criada pela Petrobras na década de 1960 e se tornou um dos cartões-postais do município. No fim da década de 1990 foram descobertas algas na lagoa, o que indicava presença de matéria orgânica. Em 2003, a empresa assinou um convênio com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e com a prefeitura de Ibirité para construir uma estação de tratamento, que ficou pronta dois anos depois. No entanto, mesmo com as obras, a lagoa não chegou a ser descontaminada e, desde 2009, os órgãos envolvidos trocam acusações sobre os responsáveis pelos problemas do local.


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