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Estado de Minas

Construtoras fazem corrida às compras para duplicação da Rodovia da Morte

Aval da Secretaria do Meio Ambiente dispara preparativos das construtoras que atuarão nas obras da BR-381


postado em 14/01/2014 06:00 / atualizado em 14/01/2014 07:37

As construtoras que tocarão a duplicação da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares já começaram a se movimentar para iniciar as obras. Apesar de a data da assinatura da ordem de serviço ainda não ter sido confirmada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nem pela Presidência da República, as empresas estão comprando material e equipamentos e organizando equipes de trabalho para ingressar nos canteiros assim que a autorização para a largada for dada. Na semana passada, um grupo de representantes das construtoras foi a Ipatinga para conhecer fornecedores. Outras reuniões estão marcadas até o fim do mês.

Com o sinal verde concedido pela Secretaria do Meio Ambiente de Minas Gerais em dezembro (leia memória), a expectativa das construtoras era de que a ordem de serviço para as obras fosse assinada pela presidente Dilma Rousseff já nos primeiros dias do ano. Nos bastidores, entretanto, a informação é de que o governo federal tende a dar a autorização somente em abril, quando as empresas deverão estar com os canteiros de obras e projetos executivos prontos para iniciar a duplicação. Diante do suspense, parlamentares da bancada de Minas Gerais na Câmara dos Deputados marcaram reuniões nesta semana no Dnit para saber sobre o planejamento do governo para a assinatura da ordem.

Na semana que vem, fornecedores vão se reunir em Belo Horizonte com a Construtora ECB, encarregada da obra no trecho 7, que vai do Rio Una, em São Gonçalo do Rio Abaixo, ao município de Caeté. O encontro está sendo organizado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). No evento, marcado para o dia 23 dentro do Projeto Compre Bem, as empresas interessadas em fornecer material para a obra apresentarão seus produtos. “Em vez de visitar as empresas uma a uma, o comprador conhece todos os fornecedores em um mesmo dia, em horários preestabelecidos”, explica Julimar Barbosa Silvestre, coordenador de Núcleo da Gerência de Promoção de Negócios da Fiemg.

“As construtoras já estão se organizando e nos repassaram suas demandas para a execução e andamento das obras. Identificamos cerca de 100 fornecedores em Minas Gerais, o que dará às empresas opção para escolher material de qualidade e estimulará a concorrência entre os produtores”, explica Cláudio Veras, consultor do movimento empresarial Nova 381. Duas outras construtoras também agendaram encontros com fornecedores, que acontecerão entre o fim deste mês e o início de fevereiro. Entre os itens que serão comprados para o início da obra estão explosivos, materiais de construção e equipamentos. Também será contratado serviço de retirada de árvores.

A duplicação dos oito lotes já licitados da via que ficou conhecida como Rodovia da Morte pelo alto número de acidentes fatais envolverá cerca de 1.220 máquinas e equipamentos, 29.120 toneladas de aço e 48,2 quilômetros de metros cúbicos em terraplenagem. Está prevista a contratação de 5.729 trabalhadores, o que demandará a oferta de cerca de 14 milhões de refeições durante a obra. Outros três lotes que não tiveram vencedores – dois entre Caeté e BH e um entre Nova Era e João Monlevade – devem ser relançados até abril.

Memória

Sinal verde

Em 13 de dezembro, a duplicação da BR-381 recebeu sinal verde da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que concedeu licença ad referendum para o início das obras, depois de entrar em acordo com o Ministério Público. Um dia antes, o MP, que integra o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), havia pedido vista por 30 dias do processo de licenciamento ambiental, previsto para ser analisado naquela data. Na época, o secretário de Meio Ambiente, Adriano Magalhães, afirmou que a intenção do governo do estado foi contribuir para o início rápido da duplicação e explicou que autorização não interfere na análise do MP. “Agora não tem mais desculpa”, disse ele. A reunião do Copam que deverá referendar a autorização dada pela secretaria ocorrerá em fevereiro, em data ainda não marcada. O empreendimento já conta com licença prévia desde 2007.


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