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Estado de Minas

Cúpula da Fundação Banco do Brasil cai após denúncias

Uma semana depois de ser denunciado por desvio de recursos para beneficiar entidades ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT), o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit, e o diretor-executivo de Desenvolvimento Social, Éder Melo, entregaram os cargos


postado em 12/09/2013 06:00 / atualizado em 12/09/2013 07:33

Uma semana depois de ser denunciado por desvio de recursos para beneficiar entidades ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT), o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit, e o diretor-executivo de Desenvolvimento Social, Éder Melo, entregaram os cargos. A decisão foi tomada depois de eles pedirem aposentadoria do banco, que vai lhes garantir um salário de R$ 25 mil, além de ingressar no programa de ajuda a ex-executivos, o que significa receber cerca de R$ 1 milhão cada.

Os dois estão sendo investigados pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) do Distrito Federal, que apreendeu documentos e computadores na sede da fundação, em Brasília. Dois DVDs e um CD foram retirados do gabinete de Streit, que foi candidato derrotado ao governo de Rondônia pelo PT, em 2010. Ele e Éder Melo são funcionários de carreira do Banco do Brasil. O susbstituto de Streit ainda não foi escolhido.

A investigação sobre o desvio de recursos corre sob sigilo, mas teve início em razão de denúncia de uma funcionária, hoje sob proteção policial. De acordo com o depoimento, a Fundação Banco do Brasil, vinculada ao Ministério da Fazenda e sob controle político dos petistas, firmou convênios de R$ 36 milhões com organizações não governamentais (ONGs) ligadas ao partido e a familiares de seus dirigentes, cujos valores foram desviados. As investigações, no entanto, não se limitam à gestão de Jorge Streit, que estava no cargo até ontem. As suspeitas se iniciaram em contratos e convênios firmados ainda na gestão de Jacques Pena, também do PT e ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), controlado pelo governo do Distrito Federal. Pena foi quem indicou Éder Melo, para o cargo de diretor-executivo de Desenvolvimento Social da fundação.

Antes de a servidora entregar os dirigentes, a polícia não descartava pedir o afastamento de Streit, se ele interferisse na investigação. A fundação já foi investigada pela CPI das ONGs, do Congresso, por repasses feitos a uma ONG de Jorge Lorenzetti, conhecido como churrasqueiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ONG tinha quatro contratos com a fundação até o ano passado, um deles ainda em vigor.

Relações Segundo as apuração, os recursos que alimentam a fundação são oriundos do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e deverian ser aplicados no apoio a projetos na área de desenvolvimento sustentável de comunidades pobres. Por meio de nota, a Fundação BB informou que a aplicação de seus recursos não é pautada por "relações político-partidárias ou pessoais". Ainda de acordo com a fundação, a prestação de contas da instituição referente ao exercício de 2012 foi aprovada. “Os convênios e contratos celebrados pela Fundação Banco do Brasil estão de acordo com os preceitos dos órgãos de controle os quais se submete”, diz o texto.

Mutirão

Depois da crise deflagrada com a Operação Esopo, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou ontem uma reunião de cúpula para definir "as principais estratégias da pasta". Em nota divulgada pela manhã, a pasta informou que o ministro Manoel Dias convocou reunião com todo o secretariado para comunicar as novas prioridades, que incluem, entre outras ações, um mutirão para fazer um amplo levantamento e análise dos convênio com o Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC), pivô da operação. Além da queda do secretário-executivo Paulo Roberto Pinto, perderam o cargo Anderson Brito Pereira, do cargo de assessor do ministro e Geraldo Riesenbeck, que era coordenador-geral de Contratos e Convênios.


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