
No debate que a sigla vem travando no país para consolidar o nome de Eduardo, o governador cearense e o irmão dele, o ex-ministro Ciro Gomes, aparecem como principais nomes de oposição. Na avaliação deles, o melhor caminho para o PSB em 2014 é se manter na base governista e apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Na semana passada, um dia depois de Eduardo receber o presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves para um jantar, Cid reagiu postando nas redes sociais declarações contrárias a uma possível aliança entre socialistas e tucanos. “O PSDB é um partido de oposição a um governo do qual nós fazemos parte. Confraternizar com isso é sinalizar que, talvez, se cogite a possibilidade de o PSB ser linha auxiliar do PSDB (em 2014) e isso me preocupa muito”, comentou.
A exemplo de Alexandre Cardoso, que há cerca de 20 dias discordou publicamente da eventual candidatura de Campos a presidente e ao nome do ex-ministro José Gomes Temporão (PSB) para disputar o governo do Rio, a vinda de Cid Gomes ao Recife é esperada e deve acontecer em um curto espaço de tempo. A expectativa é que seja mantida a tese de que “o PSB é um partido que tem diversidade de opiniões, mas é unido na ação”, afirmam aliados de Eduardo.
Uma máxima que deixa claro que quem divergir desse “lema” deverá seguir por outro caminho. Cid Gomes, por exemplo, já demonstrou interesse pelo PSD, no caso de não ter suas reivindicações na eleição estadual atendidas. Ele tem até o dia 5 de outubro, quando termina o prazo de filiações, para tomar a decisão. O núcleo forte do PSB, no entanto, está agindo para impedir a saída dele que, nesse momento, seria nociva para a construção do projeto nacional socialista.
