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Estado de Minas

Novela dos royalties pode ter último capítulo nesta semana

Nova proposta de divisão dos recursos entra amanhã na pauta da Câmara depois do adiamento por falta de acordo


postado em 05/11/2012 08:26

Marcada para ser votada amanhã na Câmara dos Deputados, a nova proposta de divisão dos royalties do petróleo ainda encontra resistência em parte das bancadas do Rio de Janeiro e do Espirito Santo, estados ditos produtores, mas mesmo assim deverá ter um ponto final depois de dois anos se arrastando no Congresso. O tema se tornou uma prioridade do governo federal, que sofre pressão em duas frentes: por parte de prefeitos e governadores dos outros estados, que cobram uma distribuição mais justa de um recurso obtido em alto-mar, e por parte das empresas do setor energético, que pedem a retomada das licitações para exploração de novos campos de petróleo, paradas desde 2008. Na semana passada, o presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), chegou a pedir para que o governo federal não tentasse impedir a análise do texto. Por falta de acordo entre os líderes, foi forçado a adiar a votação.

O projeto substitutivo que chega ao plenário, de autoria do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), prevê que a arrecadação dos dois estados passará de 26,25% para 21% em 2013 e reduzida gradualmente a cada ano, chegando a 11% em 2020. Os municípios produtores também ficarão com os mesmos percentuais. O texto prevê ainda a criação de dois fundos especiais para a distribuição dos recursos, levando em conta os critérios dos fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM). A partir do ano que vem, os outros estados receberiam 15% dos valores repassados com a exploração do petróleo, e as arrecadações aumentariam gradualmente até 2020, chegando a 27,5%.

Para o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Democratização dos Royalties do Pré-Sal, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), a definição do tema é uma obrigação urgente da Câmara e não deverá ser novamente adiada. “Vamos definir nesta semana qual será a nova regra para os royalties, mas ainda não sabemos qual será. Temos três projetos como opção, alguns mais controversos, que adotam um cálculo mais igualitário entre os estados e reduzem o prazo para adequação da nova divisão. Somente no plenário vamos descobrir qual será escolhido”, explica Alceu.

Educação Segundo a proposta, 100% dos recursos obtidos com os novos fundos deverão ser investidos na educação, proposta que foi defendida pelo ministro da pasta, Aloizio Mercadante (PT), como forma de garantir o cumprimento das novas metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O plano prevê que até 2020 o Brasil passe a reservar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para investimentos no setor, mas não especifica de onde viriam os recursos. Segundo o ministro, essa alternativa já foi avaliada pelo Palácio do Planalto, que conseguiria uma solução para os dois temas que se arrastam no Congresso. O PNE tramita desde 2010.

No entanto, a destinação integral dos recursos para a educação foi apontada por Marco Maia como um ponto controverso do projeto, uma vez que em conversas anteriores com prefeitos e governadores foram citadas outras necessidades: como as áreas de saúde, ciência e tecnologia e infraestrutura . O item poderá ser modificado em plenário.

As reclamações dos deputados capixabas e fluminenses são sobre supostas perdas de receita com as mudanças nas cobranças dos royalties e o argumento de que a quebra de contratos já firmados com empresas exploradoras criará insegurança jurídica no setor.


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