PMDB precisa aparar arestas antes de apoiar PT em São Paulo

O cancelamento da reunião do PMDB, na tarde desta quarta-feira, que iria ratificar o apoio do partido ao candidato do PT, Fernando Haddad, na corrida à Prefeitura de São Paulo, ocorreu porque os dois partidos ainda precisam aparar algumas arestas. Uma delas diz respeito à disputa na cidade de Mauá, na Grande São Paulo, onde PT e PMDB disputam o segundo turno das eleições municipais. Além disso, o partido quer garantir a unidade partidária, sem correr o risco de que correligionários possam declarar, em público, algum tipo de manifestação favorável ao candidato do PSDB na corrida à Prefeitura da Capital, José Serra.

Em Mauá, o PT disputa o segundo turno dessas eleições com o deputado estadual e ex-vereador da cidade Donisete Braga e o PMDB com a deputada federal Vanessa Damo. O que o PMDB quer é que na disputa pela prefeitura de Mauá, nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem o prefeito reeleito em São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, entrem na campanha. Donisete teve no primeiro turno 38,34% dos votos válidos e Vanessa, 33,90%.

Além de Mauá, o PMDB quer que o PT fique neutro na disputa pela Prefeitura de Natal, no Rio Grande do Norte, onde o embate neste segundo turno se dará entre o peemedebista Hermano Moraes e o pedetista Carlos Eduardo. A reunião desta quarta-feira da cúpula do PMDB foi transferida para a quinta-feira (11), pela manhã, no escritório do vice-presidente da República, Michel Temer.