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Estado de Minas

Juiz de Fora, Contagem, Montes Claros e Uberaba têm disputa acirrada, o que adia decisão

Em BH, suspense segue até a véspera


postado em 02/10/2012 06:00 / atualizado em 02/10/2012 06:55

Se as eleições fossem hoje, em pelo menos quatro das sete cidades mineiras com mais de 200 mil eleitores – Juiz de Fora, Contagem, Montes Claros e Uberaba – haveria segundo turno, conforme apontam as mais recentes pesquisas de intenção de votos. Em Belo Horizonte, Betim e Uberlândia as disputas pelas prefeituras estão polarizadas. Isso significa que dois candidatos concentram o debate e a maior parte dos votos. Nesses casos, a maior probabilidade é de que as eleições se encerrem em um só turno, embora surpresas possam ocorrer quando a diferença entre o primeiro e o segundo colocado estiver apertada e, ao final da apuração, nenhum deles obtiver a maioria absoluta dos votos válidos.

Nas cidades com menos de 200 mil eleitores, as eleições são decididas sempre no primeiro turno, por maioria simples: desconsideram-se brancos e nulos, e ganha quem obtiver mais votos. Quando apenas dois candidatos concorrem, a maioria simples é também a maioria absoluta. Há casos em cidades pequenas em que prefeitos vencem com diferença de até um voto, como ocorreu nas eleições de 2008 em Arantina, no Sul de Minas, quando Paulo Henrique (PSDB) se elegeu prefeito com 1.206 votos, um a mais que o segundo colocado, Cacá (DEM), que obteve 1.205.


A Constituição de 1988 introduziu o segundo turno nas eleições para prefeito das cidades com mais de 200 mil eleitores, para governadores e para presidente da República, toda vez que nenhum dos candidatos ao cargo majoritário obtiver, no primeiro turno, a maioria absoluta dos votos válidos. Isso significa dizer que um dos candidatos precisa ter metade dos votos válidos mais um para obter a maioria absoluta.


Em Uberlândia, por exemplo, a mais recente pesquisa MDA/Estado de Minas, realizada entre 10 e 12 de setembro, com 498 pessoas, apontou Gilmar Machado (PT) com 59,4% das intenções estimuladas de voto contra 26,7% de Luiz Humberto Carneiro (PSDB). O candidato do PSTU, Gilberto Cunha, tinha 1,4% das preferências. A margem de erro estimada para a pesquisa é de 4,4 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%. Se ao fim do primeiro turno Gilmar mantiver mais de 50% dos votos válidos, estará eleito. Se embora mais votado ele não alcançar a maioria absoluta no primeiro turno, enfrentaria Luiz Humberto no segundo turno.


Já em Contagem a disputa pela prefeitura, segundo a pesquisa MDA/Estado de Minas com levantamento de campo em 4 de setembro, aponta Ademir Lucas (PSDB) com 35,4% das intenções de voto, Durval Ângelo (PT) com 19%, Carlin Moura (PCdoB) com 18,4%, George Hilton (PRB) com 2,4% e Gustavo Olímpio (PSTU) com 0,6%. Nesse cenário, em que pelo menos três candidatos reúnem uma votação expressiva, dificilmente um candidato obterá, já no primeiro turno, a maioria absoluta. Da mesma forma em Juiz de Fora, onde Margarida Salomão (PT) tem 37,6%, Bruno Siqueira (PMDB), 26,4%, e o prefeito Custódio Mattos (PSDB) é o preferido de 19,8%. Há ainda na disputa os candidatos Laerte Braga (PCB), com 0,6%, Vic (PSTU), com 0,2%, e Paschoalin (PRP), que não foi citado pelos eleitores da amostra. A margem de erro das pesquisas é 4,4 pontos percentuais para mais ou para menos. É improvável que um dos candidatos conquiste a maioria absoluta já no primeiro turno, o que levará o confronto ao segundo turno.


Na capital

Em Belo Horizonte, sete candidatos concorrem à prefeitura. Mas a briga está polarizada entre o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o ex-ministro Patrus Ananias (PT). A pesquisa MDA/Estado de Minas realizada entre 11 e 12 de setembro, com 1.050 eleitores, o que garante uma margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, apontou Lacerda com 44,3% das intenções de voto e Patrus com 30,8%. Os outros cinco candidatos – Vanessa Portugal (PSTU), Maria da Consolação (PSOL), Alfredo Flister (PHS), Tadeu Martins (PPL) e Pepê (PCO) –, somaram 2,4% das intenções de voto. Enquanto 9,6% informaram votar branco ou nulo, 13% disseram estar indecisos.

Considerando os votos válidos desse levantamento – o que exclui brancos, nulos e indecisos –, Lacerda obteve 57,2%, Patrus 39,7% e os demais candidatos 3,1%. Nesse cenário, Lacerda teria já no primeiro turno a maioria absoluta, uma vez que os votos de Patrus e demais candidatos somam 42,8% dos válidos. Para que o segundo turno ocorra, Patrus e outros candidatos precisariam crescer algo em torno de 7,3 pontos percentuais nesta semana que antecede o pleito. Como a distância não é grande, o suspense seguirá até a véspera.

 

As regras do jogo

» Em cidades com menos de 200 mil eleitores, a eleição é em um só turno. Vence o candidato que tiver a maioria simples.

» Em cidades com mais de 200 mil eleitores, a eleição se dá em dois turnos, mas ela pode se encerrar no primeiro turno, se um dos candidatos obtiver a maioria absoluta (a metade dos votos válidos mais um).

» Em disputas polarizadas – quando dois candidatos concentram os votos – é maior a probabilidade de que a eleição seja decidida em um só turno: como a soma dos votos dos candidatos periféricos é baixa, é necessária uma pequena vantagem de um dos candidatos  sobre o outro para que ele tenha, já no primeiro turno, a maioria absoluta.
 


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