
Todos os que saírem terão passe livre para voltar, caso não sejam escolhidos no encontro petista de domingo. Não há um franco favorito, mas nos últimos dias cresceu o nome do procurador Marco Antônio, visto como um técnico mais neutro. Apesar de ter integrado o governo do ex-prefeito e atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o advogado não representa diretamente um grupo, como Murilo Valadares. O secretário de Obras é o candidato do ex-deputado federal Virgílio Guimarães, que capitalizaria apoio nas bases. Até então, Nahas é o menos provável, apesar da ligação com o próprio Lacerda – os dois foram colegas de cela nas prisões da ditadura.
Como opção, também chegou a cogitar-se a secretária regional de Venda Nova, Flávia Mourão, mas, apesar de ser um dos nomes da preferência de Marcio Lacerda, ela não vai deixar o cargo. De perfil técnico, a engenheira não resolveria a divisão interna dos grupos de petistas que tentam chegar a um acordo que atenda a todos. Os nomes de outras secretárias mulheres também foram lançados durante asespeculações, mas a ideia parece não ter prosperado.
No vácuo de uma decisão, o vice-prefeito Roberto Carvalho, que conseguiu cerca de 40% dos votos partidários em prol de uma candidatura própria ou aliança sem o PSDB, convidou o vereador Arnaldo Godoy na sexta-feira a entrar na disputa. O chamado foi feito com o argumento de que ele poderia representar o consenso, mas há controvérsia. Além de não ter a melhor das relações com o prefeito, opetista não é apontado como um nome agregador. Godoy confirma a conversa com Carvalho, mas diz que a situação ainda não está resolvida. “Não está no meu horizonte; só vou se for para trazer a unidade parao PT, que está sangrando. Tem de haver unidade de todas as correntes para afinar o discurso.”
Caso não se confirme a entrada de Godoy na disputa, permanece o nome do ex-presidente da Fundação de Parques e Jardins Luiz Fortini, outro técnico que representaria o vice rompido com Lacerda. Neste cenário, o único político que continua forte na briga é o deputado federal Miguel Correia Júnior.
