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Estado de Minas

Mais 14 parlamentares negociam filiação ao PSD

Legenda já tem 52 nomes no Congresso, mas, como pode receber filiações até o dia 26, negocia a entrada de outros parlamentares. Em Minas, são seis federais e oito estaduais


postado em 08/10/2011 06:00 / atualizado em 10/10/2011 09:17

Apesar de o prazo para mudança de partido para quem pretende ser candidato nas eleições municipais do ano que vem ter terminado nessa sexta-feira, a bancada federal do Partido Social Democrata (PSD) pode crescer ainda mais. Com 52 deputados – o que faz da legenda a terceira maior na Câmara – outros 14 parlamentares estão em negociação com os líderes da nova sigla. O deputado federal Geraldo Thadeu (MG), que deixou o PPS e integra a executiva nacional do PSD, lembra que o prazo para a mudança daqueles que não serão candidatos é maior e vai até o dia 26. No Senado, a meta é fazer sete cadeiras e nas prefeituras, nada menos que 500 nomes.

Da executiva nacional, Geraldo Thadeu espera por outros deputados. Forte presença de Alexandre Silveira em Divinópolis afugentou filiações (foto: ricardo barbosa/almg - 17/7/09)
Da executiva nacional, Geraldo Thadeu espera por outros deputados. Forte presença de Alexandre Silveira em Divinópolis afugentou filiações (foto: ricardo barbosa/almg - 17/7/09)
Geraldo Thadeu acredita que será possível conseguir mais de 60 deputados, tendo uma grande folga em relação a terceira bancada, a do PSDB, com 52 deputados. A maior é a do PT, com 86, seguida do PMDB, com 80. Em Minas, entretanto, Thadeu garante que não devem surgir novos deputados na bancada mineira do PSD, que conta outros cinco nomes: Walter Tosta (ex-PMN), Diego Andrade (ex-PR), Alexandre Silveira (ex-PR), Marcos Montes (ex-DEM) e Ademir Camilo (ex-PDT).

Um dos motivos que limita a entrada de novos deputados mineiros na legenda é a disputa por territórios eleitorais. O deputado Jaime Martins (PR) também foi convidado, mas as negociações não avançaram, pois ele tem como base Divinópolis, na Região Centro-Oeste, assediada por outros integrantes do PDS, como Alexandre Silveira.

Sindical


O PSD também já tem um braço sindical. Ademir Camilo, que mudou de legenda nessa sexta-feira, foi eleito recentemente presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a terceira maior central sindical do país. Ele avalia que a tendência é que outros integrantes da UGT também se filiem ao PSD. “Em São Paulo o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, já foi para a legenda”, lembra. O instituto do PSD, a ser criado, vai estreitar os laços com os trabalhadores, de acordo com Camilo. O deputado que já foi do PDT é cotado para ser candidato a prefeito de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

Foi pensando nas eleições municipais que o deputado estadual Celinho do Sinttrocel (PC do B) não se transferiu, apesar do convite, pois mira a prefeitura de Coronel Fabriciano. Na Assembleia Legislativa a bancada do PSD fechou com oito integrantes. Outros três deputados também cotados para se filiar ao partido não deixaram suas legendas. João Vítor Xavier (PRP), Fred Costa (PHS) e Neilando Pimenta (PHS) optaram por permanecer nos partidos em que foram eleitos.

“Houve conversas, mas como tenho compromisso com o partido preferi não fazer a troca. Em uma decisão dessa precisa haver uma boa razão, que não percebi no momento”, entende Xavier. Já Fred Costa disse que foi convidado, mas não chegou a cogitar a mudar de partido.

A bancada do PSD na ALMG ficou assim: Fábio Cherem, Hélio Gomes, Wilson Batista, Cássio Soares, Fabiano Tolentino, Neider Moreira, Gustavo Valadares e Duarte Bechir. A bancada será a terceira maior da Casa, empatando com o PMDB, e menor que a do PSDB (12) e PT (11). As principais razões dos deputados que migraram foi a insatisfação com os antigos partidos e a oferta de maiores possibilidades políticas.

 

Clésio no PMDB

Outro mineiro que pode trocar de partido até o dia 26 é o senador Clésio Andrade (PR). Convidado pelo presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, para ir para a legenda, o senador considera fortemente a possibilidade de mudança. Clésio assumiu a cadeira no senado com a morte de Eliseu Resende (DEM), no início do ano. Se mudar de partido se mantêm na base aliada da presidente Dilma Rousseff, ao contrário de seu antecessor.

 

Daqui para o futuro

Feito para desequilibrar

 

Patrícia Aranha

PSD com P de pragmatismo. É assim que a legenda do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deve agir no Congresso. O consultor de marketing político Gaudêncio Torquato, professor da USP, avalia que apesar do discurso independente, a posição em relação ao governo deve ser 80% situacionista. Para ele, a presidente Dilma Rousseff não poderia estar mais contente com a criação do partido. “Não será um problema para Dilma, será a grande solução. O PSD poderá ser um pêndulo, se algum outro partido da base ameaçar ser contrário, o PSD será aquele que poderá desequilibrar a favor do governo”, afirmou. Apesar deste perfil, Torquato adverte que qualquer partido com mais de 50 deputados é grande o suficiente para também teimar em dizer não. E é aí que o pragmatismo falará alto. Ficar contra o governo até pode ser, mas contra a opinião pública, nunca. “É o fato novo do trimestre”, vaticina Torquato, para quem o significado pode ser ainda maior se confirmadas as novas filiações até o prazo limite de 26 de outubro. Outro fator que poderá ampliar a dimensão do PSD é a decisão sobre a divisão da propaganda eleitoral. “Se a justiça analisar que os deputados podem levar os tempos dos partidos a que pertenciam antes de migrar, crescerá em importância. De toda maneira, ao fazer alianças, a legenda também ganhará tempo na mídia”, afirmou. 

 

Cronograma

Nessa sexta-feira foi o último dia para que os cidadãos que pretendem concorrer às vagas de prefeito e vereador no próximo ano se filiem a algum partido político com o estatuto aprovado pela Justiça Eleitoral. Só podem se candidatar aos cargos em disputa cidadãos que estejam filiados a partidos políticos a pelo menos um ano antes do pleito, escolhidos em convenção partidária. No Brasil, não são permitidas as chamadas candidaturas avulsas

As pesquisas eleitorais só podem começar a ser divulgadas a partir de 1º de janeiro do ano da eleição

Os prazos para desincompatibilização variam de acordo com o cargo ocupado pelo pretenso candidato

O eleitor tem até 9 de maio de 2012 para requerer sua inscrição eleitoral ou transferir seu título para um novo domicílio.

As convenções partidárias vão ocorrer do dia de 10 a 30 de junho de 2012

A propaganda eleitoral no rádio e na TV começa a ser veiculada em 21 de agosto


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