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Estado de Minas

"Fui pego de surpresa", diz ex-secretário sobre exoneração

Manoel Costa, que ocupava a Secretaria Estadual Extraordinária de Regularização Funciária, nega participação em esquema de grilagem


postado em 21/09/2011 08:50 / atualizado em 21/09/2011 09:06

Ex-secretário estadual extraordinário de Regularização Fundiária Manoel Costa(foto: Vagner Antonio/ALMG - 03/02/2011)
Ex-secretário estadual extraordinário de Regularização Fundiária Manoel Costa (foto: Vagner Antonio/ALMG - 03/02/2011)
O ex-secretário estadual extraordinário de Regularização Fundiária Manoel Costa nega qualquer participação no esquema de grilagem denunciado nessa terça-feira pela Polícia Federal. De acordo com ele, ao saber de supostas irregularidades no ano passado fez questão de comunicar ao governo e ao Ministério Público e exonerar os envolvidos. “A nossa atuação foi proativa.” Exonerado do cargo na segunda-feira, Costa diz que foi pego de surpresa. O ex-secretário foi detido na casa dele, na manhã dessa terça, em cumprimento de mandado de busca e apreensão. Foi levado de lá um revólver calibre 38 sem registro.

O que o senhor tem a dizer sobre essas acusações de participação em esquema de grilagem?
No ano passado identificamos alguns problemas em títulos e terras no Norte de Minas. Passamos as informações para a Auditoria do estado, com os nomes das pessoas que achamos estarem envolvidas. Regularizamos em torno de 70 mil terras e encontramos problemas em 20 mil. Na época houve a exoneração de várias pessoas. Nossa atuação foi proativa. No início de 2011 tomamos todas as medidas.

Por que o senhor foi então exonerado na segunda-feira, um dia antes da operação da PF? O governo sabia dessa operação?

A exoneração é normal, para evitar desgaste político. Não sei, mas o governo deve ter tido notícia da operação.

O senhor foi comunicado pelo governador que seria exonerado?

Fui pego de surpresa. Recebi hoje (terça-feira) pela manhã uma ligação do governador dizendo que minha exoneração tinha sido publicada no Minas Gerais. Ele tem que preservar o governo e apurar os fatos. Sou um prestador de serviços, não sou efetivo.

O diretor-geral e o de Regularização Fundiária Rural, também exonerados, foram indicados pelo senhor?

Não. São indicações do governador.

A Polícia Federal apreendeu nessa terça-feira na casa do senhor um revólver calibre 38. Esse revólver era legal?
Nem lembrava que o tinha em casa. É um revólver velho, enferrujado. Agora, essa operação na minha casa foi um equívoco. Nós não somos passivos nesse processo. Mandamos para o estado identificar, informamos tudo ao Ministério Público. É um absurdo, uma história mal contada. Por isso fui hoje (ontem) ao Alceu (Alceu José Torres Marques, procurador-geral de Justiça), de livre e espontânea vontade para mostrar tudo.

Segundo a PF, o senhor tem quatro propriedades em seu nome.

(Risos) Pois eu dou todas para você. Ou melhor, para a reforma agrária. Eu tenho apenas uma terra que recebi de herança do meu avô, no Sul de Minas. Quero que eles (PF) provem tudo e por que me envolveram.


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