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Estado de Minas

Ministro do Trabalho reage a especulações sobre irregularidades na pasta

Carlos Lupi diz que não teme nada, mas evita comentar possibilidade de demissão do cargo


postado em 13/09/2011 06:00 / atualizado em 13/09/2011 08:39

Em Diamantina, ministro recebe do governador Anastasia a Medalha JK (foto: Marcos Michelin/EM/D.A press)
Em Diamantina, ministro recebe do governador Anastasia a Medalha JK (foto: Marcos Michelin/EM/D.A press)


O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), afirmou nessa segunda-feira não ter satisfações a dar sobre denúncias de irregularidades em sua pasta. Em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, onde veio receber a Medalha Juscelino Kubitscheck, entregue pelo governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), o pedetista se irritou com os jornalistas e evitou responder sobre a possibilidade de ser o próximo demitido na lista de faxina nos ministérios da presidente Dilma Rousseff (PT). Notícias dão conta de que o Palácio do Planalto teria convocado Lupi a se explicar sobre supostas irregularidades em contratos com a Fundação Pró-Cerrado.

O ministro é acusado de usar com frequência o jatinho do dono da fundação. Seu chefe de gabinete, Marcelo Panella, já foi afastado do cargo. “Meu chefe de gabinete saiu por solicitação dele, não tenho nenhuma satisfação a dar sobre isso”, afirmou. O ministro negou as acusações de favorecimento à fundação, que tem sede em Goiás, e o uso do jatinho. “Não tenho nada a responder sobre isso, porque está tudo dentro da lei. Tenho a vida, o passado e o futuro limpos. Não temo nada”, afirmou.

Conforme antecipou o jornal Correio Braziliense em março, a organização tem contratos com o governo de Goiás para execução do programa de aprendizado profissional Jovem Cidadão. Só no último ano, com a presidente do PDT de Goiás Flávia Morais atuando como secretária estadual do Trabalho, a fundação recebeu R$ 29,5 milhões para o projeto. A Fundação Pró-Cerrado é uma das seis instituições citadas em ação do MPF por favorecimento pelo Ministério dos Transportes. Auditoria da Controladoria Geral da União em convênio de 2007 apontou irregularidades na licitação e execução do contrato.

Em agosto, o ministro teve de dar explicações no Congresso sobre denúncia feita pelo Correio de desvios que teriam sido feitos pela instituição Capacitar, em Sergipe. Reportagem também mostrou que o Ministério do Trabalho e Emprego repassou dinheiro público a quatro entidades cujos dirigentes são ligados direta ou proximamente ao núcleo político do ministro. A CGU chegou a encontrar fraude em contrato com uma entidade na qual teria havido uso do dinheiro do convênio em benefício de um dirigente da entidade.

Medalha

Lupi foi uma das 186 personalidades agraciadas com a Medalha JK este ano, que comemorou 60 anos da posse de Juscelino como governador de Minas Gerais. Este ano, o orador da solenidade foi o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), que colocou JK como inspirador das metas de trabalho do Legislativo para a redução da pobreza e desigualdade.

O governador Antonio Anastasia destacou a capacidade de convergência política de JK. “Para a coesão nacional, identificava os pontos comuns que conciliassem as correntes de opinião, dentro do possível”, disse. Entre os homenageados com a grande medalha estavam o governador de Goiás, Marconi Perillo, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Carlos Andrada, e os jornalistas João Bosco Martins Sales, editor-geral do Estado de Minas, e Mário Fontana, colunista do EM.


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