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Estado de Minas

Após perder relatoria do Código de Processo Civil, Cunha lança contra-ataque


postado em 27/08/2011 08:52

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi à forra. Depois de ver naufragada a indicação para relator do novo Código de Processo Civil, um dos livros sagrados do mundo jurídico, Cunha abriu fogo contra alguns a quem atribui grande parte do infortúnio. Mirou especialmente na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e no deputado Danilo Forte (PMDB-CE), ex-presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e um dos líderes do chamado grupo dos 35 peemedebistas arredios ao comando da legenda.

Eduardo Cunha criticou o exame da OAB:
Eduardo Cunha criticou o exame da OAB: "É uma excrescência"
Pelo Twitter, Cunha levantou uma campanha contra o exame da OAB, a prova que dá ao bacharel em direito a carteira de advogado e abre as portas para o exercício da profissão. Cunha bateu direto no bolso da entidade e disse que a entidade arrecada R$ 72,6 milhões por ano com o exame. “Esse exame da ordem é uma excrescência”, disparou.

Cunha não diz se a guerra aberta contra o exame da OAB tem relação direta com o fato de que a entidade apresentou uma moção pressionando pela substituição do relator do CPC. Mesmo assim, a OAB critica a reação do deputado fluminense. “Não fizemos nada contra a pessoa dele. Simplesmente, a Ordem entendeu que o código deveria ser analisado por advogados e juristas, pessoas mais familiarizadas com a matéria. O exame da OAB existe no mundo inteiro onde há democracia, o que se arrecada é para custear o exame. Há uma briga no PMDB e a OAB não vai se imiscuir nela”, afirmou o presidente da Ordem, Ophir Cavalcante.

Devassa

Quanto ao seu colega de bancada, Danilo Forte (PMDB-CE), Eduardo Cunha decidiu fazer uma devassa na gestão do deputado à frente da Funasa. Pediu à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara todos os relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) do tempo em que Danilo presidia a fundação. O deputado fluminense considera que a “má vontade” contra ele se deve a diversos fatores e não apenas a um episódio isolado. “Pago um pouco o preço por ter sido aliado do Garotinho. Além disso, meu estilo de responder a tudo incomoda a muitos. A Globo tem um problema pessoal comigo”, apontou.

Segundo o parlamentar, as pressões para a saída dele da relatoria do CPC são fruto também da inveja. “Trabalho e ocupo espaço pelo trabalho. Isso, às vezes, atrapalha e causa inveja. Quando pego um assunto, estudo. Sou tão político quanto técnico”, gaba-se, avisando que não tem mais cargos no governo: “Tive a presidência da Furnas e perdi. Não tenho mais nenhum cargo no governo. Se encontrarem alguém indicado por mim, podem demitir”, desafiou, rechaçando inclusive a indicação do diretor internacional da Petrobras, Jorge Zelada, ou qualquer outro órgão público: “Zero, zero, zero”, diz ele. “Se tivesse algum cargo, não teria nenhum problema em assumir.”


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