
Foi neste clima que Michel Temer reuniu nessa segunda a bancada do PMDB no Senado para um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência. Dos 18 senadores do partido, apenas Jarbas Vasconcelos (PE) avisou que não compareceria. Na manhã dessa segunda, a presidente entregou o cargo interinamente a Temer antes de viajar para o Uruguai.
Havia sido combinado que os dois fariam da ocasião um momento de armistício entre o PMDB e o governo após os sucessivos desencontros de articulação política da semana passada, mas a foto oficial divulgada pela Presidência mostra uma tentativa de um abraço distante.
Apesar dos esforços de reconciliação desencadeados, peemedebistas já começam a discutir como será o reforço na interlocução política do governo. O partido entende que o rearranjo interno já está em curso e que, por isso mesmo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ampliou seu raio de ação e ganhou mais peso na interlocução do Planalto.
Dirigentes do partido apostam que o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, entrará em campo nos próximos dias para reforçar o time da interlocução com o Congresso. Será uma solução ad hoc, que vai durar enquanto Palocci estiver “mergulhado”.
