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Estado de Minas

Prefeito de Bocaiuva nega irregularidades


postado em 05/04/2011 06:25 / atualizado em 05/04/2011 09:45

Prefeito Ricardo Veloso é acusado de tentar
Prefeito Ricardo Veloso é acusado de tentar "comprar" vereador (foto: Ilson Gomes/TV Alterosa)
O prefeito de Bocaiuva (Norte de Minas), Ricardo Veloso (PSDB) rebateu, nessa segunda-feira, a acusação de que teria tentado subornar um vereador oposicionista da cidade para votar a favor da aprovação de empréstimo do projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) no valor de R$ 3,6 milhões para pavimentação de ruas. A denúncia que está sendo investigada pelo Ministério Público dá conta de que, em nome do chefe do executivo, o comerciante Alexander Mattos Efrain, o Alex, teria oferecido ao vereador Edson Cândido Silva (PP) R$ 7 mil para votar pela aprovação do  projeto, que foi apreciado pela Câmara Municipal de 14 de fevereiro e acabou sendoderrotado por 5 a 4.

O prefeito disse que é vitima de armação e garante que não tem nenhuma relação com Alex. Ele afirma que o comerciante, assim como o vereador Edson Cândido, é ligado ao ex-prefeito Alberto Caldeira (PMDB), seu principal adversário político. Lembra que o próprio Alex, em depoimento ao promotor Daniel Librelon Pimenta, confessa o seu vínculo ao ex-prefeito. “(...)O depoente (Alex), juntamente com o vereador Edson, integram (sic) o grupo político liderado pelo ex-prefeito Alberto Eustaquio Caldeira de Melo (...)”, diz trecho do depoimento.

Ricardo Veloso admite que conversou com o vereador Edison Cândido pelo telefone, para tentar convence-lo a votar pela aprovação do PAC 2. Porém, sustenta que, em nenhum momento fez qualquer oferta de vantagem pessoal. “Fiz contato com ele sim para que votasse a favor do PAC 2 de outros projetos de interesse da comunidade, mas tudo dentro da legalidade. A questão é que, dos nove vereadores do município, apenas quatro estão do lado da situação. Assim, temos que buscar o diálogo com outros vereadores”, diz Veloso. “Mas, estou tranqüilo de que não existe nada de errado. Eu me disponho a abrir o meu sigilo telefônico”, garante o chefe do Executivo.

O prefeito  disse que em uma conversa, Edison Cândido chegou a dizer que votaria favorável ao projeto desde que asfaltasse ruas no distrito de Engenheiro Dolabella. Veloso afirma que, a princípio chegou a pedir que, na hora da votação, fosse feita emenda à proposta. Mas, depois, foi recomendado pela Caixa Econômica Federal que que o projeto não deveria receber emendas. Então, informou ao vereador que o distrito poderia ser incluído no plano de trabalho que iria relacionar as vias a serem pavimentadas.

Veloso disse que é “um absurdo” ligar o seu nome a qualquer pedido de propina por parte de Alex Efraim, que, além de comerciante, é servidor público municipal e foi posto à disposição da Câmara Municipal  trabalhando exatamente no gabinete do vereador Edison Cândido. Depois de denúncia do caso, o comerciante acabou sendo preso por manter em casa uma coleção de armas sem registro, documentos irregulares, carimbos, certidões e outras falsificações. Ele continua recolhido na Cadeia de Boicaúva. “Não autorizei ninguém a falar em meu nome. Ainda mais nos termos colocados”, disse o chefe do executivo.

“Foi uma armação para desestabilizar a nossa administração e “segurar” o vereador citado para não votar a favor do projeto discutido”, assegura o prefeito Bocaiuvense. Ele ressalta que em seu depoimento, Alex Efraim aponta aponta o envolvimento do ex-prefeito Alberto Caldeira. “O depoente resolveu levar o fato ao ex-prefeito Alberto Caldeira. Este aconselhou ao depoente que passasse a gravar as conversas que minha com Edson porque teria “te-lo na mão”.

O depoente procedeu conforme fora recomendado pelo ex-prefeito”, consta na cópia do depoimento. “O vereador Edson Candido alega que Alex lhe ofereceu R$ 7 mil como propina e no dia da oferta, não pôde recebe-lo porque a luz da casa dele estava cortada. Mas, em depoimento, Alex diz que Edson é que ficava lhe pedindo dinheiro e que chegou a alegar a luz da casa dele estava realmente cortada. Também argumentou que o vereador teria roubado R$ 10 mil em sua casa.

O prefeito Ricardo Veloso garante que não repassou nenhuma quantia em dinheiro para o comerciante para algum tipo de pagamento ao vereador. “Estamos diante de uma injustiça. Eu jamais iria  a um adversário para intermediar negocio dessa natureza”, assegura o chefe do Executivo. “Somos os principais interessados na apuração da verdade”, completa.

Ele também diz desconhecer a denuncia de que os R$ 7mil teriam sido a “doação” de um homem conhecido como Vercindo, que estaria interessado na aprovação do PAC 2, tendo em vista que a rua do seu posto de gasolina, em contrução, estaria entre as vias a serem pavimentadas com o dinheiro do empréstimo. Contestou também a informação de que o dono do posto poderia ser “compensado” com contrato para fornecimento de gasolina para a prefeitura. “Isso não procede de maneira alguma porque, primeiro, porque já fizemos a licitação para compra de combustíveis e como está em construção, o posto sequer foi convidado a participar do processo. Depois que o estabelecimento está sendo construída numa rua que já é asfaltada”, diz o prefeito.


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