O Ministério da Justiça informou nesta segunda-feira, em nota, que o ministro José Eduardo Cardozo aceitou o pedido de exoneração do diretor-geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (PRF), Hélio Derenne, por “questão de foro íntimo”.
O diretor-geral tinha influência no PMDB na região Sul, especialmente Paraná e Santa Catarina, e permaneceu no cargo durante os dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes da exoneração, existia a possibilidade de Derenne se candidatar a prefeito em Balneário Camboriú (SC).
Uma outra sindicânca será aberta para apurar a denúncia sobre a atuação do ex-superintendente da PRF no Ceará, Ubiratan Roberto de Paula, que pediu "tolerância" na aplicação de multas a parlamentares e autoridades. Ubiratan de Paula também pediu exoneração do cargo, nessa quarta-feira. O coordenador-geral de operações da PRF, inspetor Alvarez de Souza Simões, também foi exonerado do cargo pelo Ministro Cardozo, por ter chamado de “firula” o envio de policiais para operações de combate ao tráfico no Rio de Janeiro.
No prazo de cinco dias úteis, a diretora interina da PRF vai apresentar um relatório detalhado sobre os fatos e propor um plano de ação para a instituição, segundo o Ministério da Justiça.
Com Agência Estado