
O autor do requerimento é o sindicalista Júlio César Viana, ligado ao grupo do ex-deputado federal Carlos Abicalli (PT). No ano passado, Abicalli e Serys disputaram dentro do PT quem concorreria a uma vaga no Senado. No entendimento de Serys, sua candidatura era natural já que exercia o mandato na Casa. Mas nas prévias ela perdeu a disputa, e Abicalli saiu como candidato. Já Serys se lancçou a uma vaga na Câmara dos Deputados. Ambos perderam a eleição. A conta do prejuízo caiu sobre Serys e seu grupo, já que a ex-senadora teria pedido votos para o pedetista Pedro Taques, que se elegeu senador.
A executiva do PT vai se reunir nesta segunda-feira para decidir se abre uma comissão para avaliar o pedido de expulsão. Se o PT estadual decidir pela saída de Serys, ainda cabe recurso na direção nacional do partido.
A ex-senadora é filiada ao PT há 23 anos. No fim do ano passado, ela se viu às voltas de um desgaste político que quase terminou com seu afastamento da relatoria do Orçamento da União. Na época, sua então assessora Liane Muhlenberg foi acusada de receber recursos para sua ONG de emendas de aliados políticos. A ex-parlamentar disse que desconhecia a ligação da ex-funcionária com a ONG e afirmou que se sentia "traída". A oposição bateu forte e pediu a substituição de Serys da relatoria, mas a petista se manteve com a função.
