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Estado de Minas

Acontecimentos


05/05/2023 04:00

Drummond (1): O pintor e o poeta

As novas edições da Record para a obra de Carlos Drummond de Andrade ganham mais três volumes. “Boitempo I: Menino antigo” tem posfácio do artista plástico Carlos Bracher, que destaca “o poeta da cor, das imagens cirúrgicas, das modernidades libertárias e adjacências desse dorso que se levanta nas estrelas e nos sóis, quando as nuvens se entreabriram e deixaram passar o poeta que então nasceria”. O pintor lembra encontro com o poeta, no Rio dos anos 1970, na galeria que sediava a exposição “Paisagens de Ouro Preto”. “Encontrei-me com Minas Gerais através da pintura de Carlos Bracher. É o maior elógio que, de coração, lhe posso fazer”, escreveu Drummond ao artista. No posfácio, Bracher destaca poemas como “Biblioteca verde”, “O eco” e “Canto de sombra”, além de lembrar que ilustrou o livro “Canto mineral”, lançado em 2018.
 

Drummond (2): O poeta  e a historiadora

Na nova edição de “Aparecer para lembrar”, o segundo volume de “Boitempo”, o posfácio é da historiadora Heloísa Starling. “Não é que a poesia de ‘Boitempo’ consiga ver mais do que a história – mas ela permite ver mais intensamente. Há uma grande quantidade de gente, situações e coisas trafegando na poética narrativa de Drummond”, aponta Starling. “Servem para abrir um ângulo de observação entre o acontecimento e sua expressão poética, provocar a surpresa e puxar a ponta do fio principal da trama que vai se desenrolar em cada poema”, complementa. A historiadora também destaca os fantasmas como elemento fundamental na feitura de “Boitempo”. “Na poética memorialista de Drummond, os fantasmas executam a conexão entre a fugacidade dos eventos que formam a história de Belo Horizonte e a duração das lembranças que garantem sua permanência no tempo”, assinala Heloísa Starling, com brilhantismo, no ensaio “Poesia, memória e história: modos de contar”.   
 

Drummond (3):  O poder da crônica

Ainda entre as novas edições da obra de Dummond, chega às livrarias “O poder ultrajovem”, que reuniu em 1972 textos publicados pelo poeta na imprensa entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970. O posfácio da reedição é do cronista Antonio Prata. “É com uma abertura rara que ele encara as mudanças, falando sobre elas com generosidade e candura, sem nunca perder certo rigor especulativo. Embora afirme, lá pelas tantas, que ‘na minha idade a gente torna o passado um palco imenso e rutilante, e amesquinha o presente, que para os jovens é um território sem limites’, a mesquinharia passa longe deste livro”, aponta Prata no posfácio. Os três volumes que chegam às livrarias pela Record incluem bibliografias, cronologias e outras informações disponíveis via QR Code reproduzido na quarta capa de cada volume.  
 

Anote na agenda
Lançamentos em BH 

 

Sábado (6/5), às 11h
Livraria da Rua

 

“Entre costas duplicadas desce um rio” 

  • Guilherme Gontijo Flores
  • Ars et Vita 
  • 128 páginas 
  • R$48,00
 
O livro traz 13 poemas inéditos de Guilherme Gontijo Flores, um dos nomes de destaque na poesia contemporânea brasileira, e seis desenhos do artista visual francês François Andes. A narrativa tem a água como fio condutor e aborda também as relações mantidas entre o homem e a natureza. A rica biodiversidade da região de Tiradentes, o Rio das Mortes e o simbolismo deste curso fluvial na história de Minas Gerais foram os impulsos de um processo criativo que não se esquiva de navegar pela arte para propor uma reflexão sobre  a água como elemento essencial do planeta e da vida humana. Guilherme Gontijo Flores é poeta, tradutor e professor de latim na UFPR. Nos últimos anos, vem trabalhando com tradução e performance de poesia antiga e participa do grupo Pecora Loca.
 

Sábado (6/5), às 13h
Livraria Quixote

 

“Independências e modernismos: outras modernidades no Brasil republicano” 

  • Andréa Casa Nova Maia e Luciana Pessanha Guimarães
  • Telha 
  • 412 páginas 
  • R$109,90 
 
Esta coletânea tem como objetos centrais duas importantes comemorações do ano de 2022: o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência do Brasil.  


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