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Estado de Minas MEDICINA DO FUTURO

Uma corrida contra o tempo na busca de tratamento e cura da COVID-19

O mundo foi surpreendido pelo ataque de um vírus letal e reagiu com a mobilização de equipes de saúde, sanitárias e científicas para conter avanço da doença


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postado em 12/07/2020 04:00 / atualizado em 01/12/2020 11:31

A Rede Mater Dei separou andares, UTIs e equipes exclusivos para atendimento a pacientes com o novo coronavírus (foto: Alexandre Guzanshe/em/d.a press)
A Rede Mater Dei separou andares, UTIs e equipes exclusivos para atendimento a pacientes com o novo coronavírus (foto: Alexandre Guzanshe/em/d.a press)
 

Praticamente, ninguém estava preparado para enfrentar essa pandemia. Mesmo com sinais da gravidade emitidos desde o final do ano passado, vindos de Wu- han, na China, não se tinha a dimensão do que seria visto nos meses seguintes ao redor do mundo.

Logo no início, os equipamentos de proteção individual – EPIs tiveram seus preços elevados em até 1.500%. Foram criados comitês de crise e protocolos assistenciais e de treinamento de pessoal unindo setores de saúde, de pesquisa, economia, comunicação e gestão.

Tudo para dar conta de uma tragédia que se anunciava, mas ainda pouco conhecida. A população passou a se informar sobre higienização, isolamento social, quarentena, palavras distantes no vocabulário cotidiano.

“Na verdade, pegou todos de surpresa, ninguém esperava que uma doença alcançasse a humanidade como a COVID-19. Alguns hospitais, como os nossos, já tinham planos de contingência para situações inesperadas, que pudessem comprometer a operação”, explica Henrique Salvador, presidente da Rede Mater Dei de Saúde.

Logo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a situação de pandemia, a Rede Mater Dei criou um comitê de crise multifuncional, que se reúne todas as manhãs e analisa aspectos como suprimento de EPIs para a equipe de saúde, número de leitos de UTI com respiradores e outros insumos para pacientes de COVID-19.

Foram desenvolvidos fluxos diferenciados dentro dos hospitais para pacientes com sintoma gripal, e para suspeitos de coronavírus, com andares, UTIs e equipes exclusivos para esse atendimento. Medidas protocolares foram adotadas de imediato, como aferição de temperatura na entrada das unidades hospitalares, e políticas de recursos humanos garantindo segurança de empregados e médicos, explicou Salvador.

“Instituímos comitê de finanças, porque a crise entrou pela saúde mas impactou muito as organizações, e hospitais que praticamente abandonaram o orçamento e as políticas se voltaram para a gestão de caixa. O comitê analisa redução de custo, maximização de receita”, conta Henrique Salvador.

A Rede Mater Dei de Saúde está realizando consultorias para pequenas, médias e grandes empresas com o objetivo de traçar estratégias para impedir a propagação da COVID-19, tendo como foco minimizar a contaminação no local de trabalho, orientando ações para a saúde corporativa e possibilitar o atendimento aos clientes dessas empresas com segurança.
 
 
 
 
(foto: Samuel Ge/Divulgação)
(foto: Samuel Ge/Divulgação)
 
"Na verdade, pegou todos de surpresa, ninguém esperava que uma doença alcançasse a humanidade como a COVID-19. Alguns hospitais, como os nossos, já tinham planos de contingência para situações inesperadas, que pudessem comprometer a operação”

Henrique Salvador, presidente da Rede Mater Dei de Saúde 
 
 
 

MULTIDISCIPLINAR 

Antes mesmo do reconhecimento oficial da pandemia pelo Ministério da Saúde, o grupo Keralty Vitallis promoveu uma revisão no fluxo de atendimento.

“Criamos, ainda em fevereiro, um comitê COVID-19 multidisciplinar, incluindo setores de controle de infecção hospitalar, enfermagem, compras, farmácia e governança médica. Conseguimos antecipar algumas compras de medicamentos e equipamentos para nos estruturar. Foram elaborados vários protocolos envolvendo atualização, manejo clínico, medicação, forma de proteção, atualizados constantemente, com celeridade, para que fossem transmitidos para toda equipe assistencial”, explica Márcio Mascarenhas, diretor médico da Keralty/Vitallis.

O grupo registrou em março queda de 50% no atendimento no setor de urgência e de 70% nas consultas eletivas. Mesmo assim, manteve o planejamento para 2020 e inaugurou um centro oncológico em Belo Horizonte.

“Mesmo em situação de pandemia, não podemos deixar de assistir outras necessidades e tratamentos não relacionados à COVID-19. O que permanecerá de aprendizado é a capacidade de formatação rápida, elaboração de procedimentos e treinamento de equipes”, reitera Mascarenhas.

COMITÊ DE CRISE 


“No Hospital Madre Teresa, acompanhamos a evolução e propagação do novo coronavírus pelo mundo e, em meados de março, criamos um comitê de crise para enfrentar a situação. Inicialmente, suspendemos todas as consultas e todos os procedimentos cirúrgicos eletivos. Separamos o pronto-atendimento do hospital em duas unidades: uma preparada para atender aos casos de COVID-19 e outro para atender às emergências em clínica médica, cardiologia, cirurgia geral, neurologia e ortopedia”, explica Luiz Cláudio Moreira Lima, diretor técnico e presidente do comitê crise do Hospital Madre Teresa.

O Madre Teresa iniciou treinamento específico para todos os trabalhadores do hospital com palestras, vídeos, além de boletim informativo que traz diariamente as decisões do comitê para difundir as informações em todas as áreas.

O presidente do comitê considera ser o momento de aprendizado, diante de uma doença nova. “Acredito que sairemos mais fortes e preparados para enfrentar outras situações inusitadas e inesperadas como essa. A solidariedade aparece de uma forma poucas vezes vista, e foi fundamental para o enfrentamento da pandemia. A ciência, acredito, vai nos dar uma resposta positiva em alguns meses com a vacina específica para a pandemia, e assim poderemos retomar nossa vida mudados, com certeza.”

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