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Estado de Minas MEDICINA DO FUTURO

COVID-19: lições da pandemia

A COVID-19 impôs uma nova realidade para a área de saúde. Como médicos, pesquisadores, hospitais e universidades estão atuando, o que não aprendemos até aqui e o que fica de legado


Medicina do Futuro
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Medicina do Futuro
postado em 12/07/2020 04:00 / atualizado em 01/12/2020 11:29


O novo coronavírus pegou o mundo de surpresa. Um surto que começou na China e, a princípio, não foi muito considerado, mostrou a sua força destrutiva provocando a morte de milhares de pessoas e deixando milhões de outras contaminadas ao redor do planeta.

Alguns países conseguiram se antecipar e, por meio de investimentos na rede de saúde, na testagem em massa e no isolamento social, superaram a crise com um impacto muito menor, a exemplo da Nova Zelândia e Coreia do Sul. Outros, como os Estados Unidos e Brasil, reagiram tardiamente ao surto e sofrem os efeitos dessa tragédia.

Passados quase seis meses desde o surgimento dos primeiros casos de COVID-19, cientistas, pesquisadores, empresas de tecnologia e especialistas no mundo todo têm se debruçado na busca de vacinas e tratamentos para a infecção. Cerca de 130 vacinas estão sendo estudadas na cura da doença.

Em Minas, a UFMG vai iniciar os testes da fase 3 da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, no próximo dia 20.

O processo ficará a cargo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos (CPDF) do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB UFMG), sob orientação do Instituto Butantan, de São Paulo.

A expectativa é de que o estudo dure até outubro. O Instituto Butantan tem capacidade para produzir 100 milhões de doses da vacina.

Outra boa notícia vem de uma parceria firmada no final de junho entre o Ministério da Saúde e a Universidade de Oxford para importar a tecnologia e replicá-la nacionalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A expectativa é que as vacinas comecem a ser disponibilizadas a partir de dezembro.

Tudo ainda é muito novo sobre esse coronavírus. Informações médicas e científicas relevantes sobre o Sars-Cov-2 são atualizadas a todo o momento, o genoma do vírus foi sequenciado, bem como já se sabe como prevenir e diagnosticar.

As vacinas ainda são promessas e não começaram a ser produzidas. Medicamentos estão sendo estudados no tratamento, mas não há comprovação científica sobre sua eficácia.

Por isso mesmo, em pleno século 21, a pandemia escancarou a urgência de investimentos maciços em ciência, na saúde e na prevenção de doenças, especialmente no Brasil, em que a área vem sendo relegada e se tornou palco de discussões políticas.

A COVID-19 no país reforçou a importância de um sistema público forte, qualificado e articulado para combater não só essa tragédia, como outras doenças que vitimam milhares de pessoas.

Um Sistema Único de Saúde (SUS) fortalecido é fundamental para atender bem a população, especialmente a mais carente, ampliar a atuação na atenção primária à saúde e na prevenção de patologias.

Ricardo Guimarães, médico oftalmologista, presidente do Centro de Ensino Superior do Vetor Norte (Cesuv), entidade mantenedora da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh), alerta não só para o subinvestimento crônico em estrutura física dos hospitais brasileiros, mas também em tecnologia necessária ao exercício da medicina.

“A pandemia mostrou nossa dependência na produção de equipamentos médicos, mesmos os mais simples, como uma máscara cirúrgica até um aparelho de ventilação”, ressalta.

Por outro lado, hospitais da rede privada vêm investindo na ampliação de leitos, na tecnologia e na aquisição de equipamentos capazes de atender à demanda.

Desde o início da pandemia, há um reforço nas unidades de CTIs, na contratação de profissionais de saúde e na formação e orientação das equipes para lidar com essa crise sanitária. Destaque para o olhar mais atento aos profissionais que estão na linha de frente no combate à COVID-19 e têm carregado o peso do estresse, da ansiedade e de doenças mentais.

Do ponto de vista da prevenção, a população deve incluir na rotina diária hábitos que serão essenciais e poderão impactar na saúde, como lavar e higienizar as mãos constantemente, adotar um estilo de vida saudável, praticar atividades físicas e cuidar da alimentação.

O especial Medicina do Futuro aponta o que tem sido feito desde o início da pandemia até aqui e o caminho que devemos percorrer para garantir uma saúde ampla e de qualidade para todos.

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