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Estado de Minas MEDICINA DO FUTURO

Legado da pandemia: rapidez, eficiência e adaptação

O valor da ciência, a importância de incluir novos hábitos no dia a dia, ter uma vida saudável, investir no sistema de saúde e ter empresas inovadoras são algumas lições


Medicina do Futuro
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postado em 12/07/2020 04:00 / atualizado em 01/12/2020 11:30

Para Alessandro Ferreira, vice-presidente do Grupo Pardini, prever e prevenir uma epidemia passam por um grande investimento em saúde pública, condições sanitárias básicas e educação em saúde para a população
Para Alessandro Ferreira, vice-presidente do Grupo Pardini, prever e prevenir uma epidemia passam por um grande investimento em saúde pública, condições sanitárias básicas e educação em saúde para a população

A transformação digital das empresas é uma exigência para ontem e a saúde dos colaboradores é o maior ativo que as empresas têm. Essas duas constatações são os maiores aprendizados que a pandemia do novo coronavírus deixa, na opinião de Alessandro Ferreira, vice-presidente do Grupo Pardini.

Com a veia inovadora e sem temer a mudança, Alessandro Ferreira enfatiza que o grupo implantou verdadeiras transformações, todas impulsionadas pelo desafio do enfrentamento à COVID-19.

“Pela forte atuação no combate à atual pandemia, desde antes do primeiro caso diagnosticado no Brasil, lançamos na última semana de junho o programa Gestão Saúde. É uma plataforma que une os dois grandes aprendizados, a importância do cuidado com a saúde ocupacional e a digitalização das empresas.”

Para Alessandro Ferreira, as crises provocadas por epidemias e pela atual pandemia mostram que é cada vez mais necessário ser rápido, eficiente e adaptável. Em tempos de crise, segundo ele, o famoso fazer mais com menos é o melhor conceito de eficiência.

“Mas não basta ser eficiente, precisamos ser ágeis nas tomadas de decisões e nos adaptar rapidamente diante das constantes mudanças. Um grande processo de seleção natural é aplicado sobre as empresas. Vão sobreviver aquelas que se enquadrarem a essas demandas.”

Para Alessandro Ferreira, até aqui foram muitos os ensinamentos impostos pelo vírus desafiador. “Uma maneira muito eficaz de sobreviver em uma crise é trabalhar em conjunto, como um ecossistema. Não aprendemos bem isso ainda. As colaborações são tímidas e a desconfiança ainda faz com que as empresas e as pessoas continuem tendo ações isoladas.”
 
 
A tecnologia aplicada em exames de diagnóstico, no sequenciamento de genoma e em testes de COVID-19 são fundamentais no enfrentamento da pandemia(foto: Fotos: Beto Staino/Divulgação)
A tecnologia aplicada em exames de diagnóstico, no sequenciamento de genoma e em testes de COVID-19 são fundamentais no enfrentamento da pandemia (foto: Fotos: Beto Staino/Divulgação)
 


EVITAR TRAGÉDIAS 



Aprendizados, lições em andamento, mas certamente o desejo da maioria é saber como a rede de saúde pode investir em prevenção e cuidados para evitar que tragédias como a do novo coronavírus voltem a ocorrer. Alessandro Ferreira aponta duas questões: prever e prevenir uma epidemia passa por um grande investimento em saúde pública, condições sanitárias básicas e educação em saúde para a população.

“Além das obrigações dos órgãos públicos, defendo que não dá para controlar ou prevenir uma epidemia sem a colaboração da população. Além da COVID-19, nas epidemias de arboviroses vimos que sem a população agir na limpeza dos quintais, por exemplo, a doença permanece circulando e volta de tempos em tempos.”

A outra questão salientada pelo vice-presidente do Grupo Pardini é como evitar que isso vire uma tragédia. “Hoje, está claro que os serviços de vigilância epidemiológica precisam ser mais eficazes e se modernizar. Vimos esse vírus se espalhar pelo mundo e demoramos para entender a gravidade. Tivemos um carnaval no Brasil ao mesmo tempo em que países estavam em situação de calamidade pública, com o vírus se propagando. O planeta não tem mais barreiras. Pessoas vão e voltam de países ao redor do mundo sem nenhuma dificuldade. Com mais rigor na prevenção, a tragédia certamente é menor.”

Mesmo diante dos desafios, além do vírus, Alessandro Ferreira acredita que a pandemia deve deixar alguns legados. Entre eles, novos hábitos que serão essenciais e poderão impactar a melhora da saúde em geral. Lavar e higienizar as mãos constantemente previne mais de uma dezena de doenças extremamente comuns na população.

Ele ressalta que uma doença que é mais letal em hipertensos e obesos deixa evidente a necessidade de termos hábitos mais saudáveis e de estarmos em dia com exames e atenção médica, cuidando da hipertensão e da obesidade, evitando aumentar o número de pacientes crônicos no país.



Alessandro Ferreira chama a atenção ainda para a clara importância da ciência nesse contexto. “Em pouco tempo, cientistas e empresas do mundo todo, incluindo os do Brasil, produziram informações médicas e científicas relevantes sobre um vírus novo, sequenciamos seu genoma, descobrimos como prevenir, como diagnosticar e estamos a passos largos para produzir uma vacina. A COVID-19 colocou lado a lado alta tecnologia (como o RT-PCR e a genômica viral) com hábitos de saúde coletiva simples e eficazes como lavar as mãos. Isso tudo com a orientação da ciência.”



Atendimento humanizado



Diante do risco de infecção por COVID-19, o isolamento social recomendado por órgãos de saúde para conter a doença provocou um afastamento nas relações humanas, o que interferiu também no contato médico-paciente e as formas de agir da medicina. O que antes era feito presencialmente, como consultas e exames, passou a ser feito de forma virtual ou por atendimento domiciliar.

Neste contexto, o diretor-presidente da Unimed-BH, Samuel Flam, destaca que em um futuro pós-pandemia algumas medidas tidas como essenciais e necessárias em meio ao surto de contaminação pelo novo coronavírus, posteriormente, poderão se tornar alternativas capazes de aproximar médico e paciente, bem como de acompanhamento de quadros clínicos e doenças crônicas.
 
 
Entendo que todo o sistema de saúde terá um grande aprendizado, e poderá usar isso em benefício da sociedade”

Samuel Flam, 
diretor-presidente 
da Unimed-BH
 
 
“O enfrentamento da pandemia fez todo o setor de saúde se adequar e passar a oferecer novos serviços, além de ter que cumprir novos protocolos. E a experiência com a consulta on-line, por exemplo, tem sido muito positiva e bem avaliada pelos clientes.”

No entanto, para o pós-pandemia, Flam entende ser importante que haja cautela ao usar esse tipo de serviço. “Tudo indica que a telemedicina, após essa experiência, poderá ser uma opção a mais no cuidado dos médicos com os clientes, mas sem substituir a consulta presencial. Entendo que todo o sistema de saúde terá um grande aprendizado, e poderá usar isso em benefício da sociedade”, pontua.

Quanto ao cenário pós-pandemia, o diretor-presidente da Unimed-BH ressalta que pequenas iniciativas de humanização do contato médico-paciente e de conforto aos enfermos tende a ser um legado.

“Uma ideia adotada em conjunto com os colaboradores de assistência, por exemplo, foi colocar suas fotos por cima dos equipamentos de proteção, uma vez que toda essa paramentação, apesar de necessária para a proteção dos pacientes e profissionais, os deixa cobertos e quase irreconhecíveis. São iniciativas que foram desenvolvidas internamente e tiveram um resultado extremamente positivo, humanizando ainda mais a relação entre os profissionais de saúde e os pacientes”, diz.

* Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram


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