Gislaine de Aguiar
Belo Horizonte
“Ocorreu, na última segunda-feira, na cidade de São Paulo, um crime que, como os outros, nos deixam perplexos e tristes, muito tristes.
Um pai, que no dia anterior havia ido a uma delegacia para liberar o filho de 17 anos – pasmem, 17 anos –, pois estava pilotando uma moto sem carteira de habilitação, foi morto por ele, no dia posterior.
Querem saber o motivo? O pai proibiu que ele saísse de casa à noite, deixou-o de castigo. É um absurdo que os pais tenham perdido o papel de autoridades. Faz-se necessário, nestes dias que antecedem o Dia dos Pais, mostrarmos, principalmente aos adolescentes, que fatos como esse são inaceitáveis, medonhos.
O que me consola é que, mesmo em tempos de tanta violência, existem os filhos maravilhosos, cuidadosos e obedientes à autoridade dos pais.
Quisera eu ter meu pai de volta, pelo menos por alguns minutos, para que eu pudesse sentir aquele seu perfume gostoso e acariciar suas mãos lindas e elegantes, apesar da sua idade.
Quantos pais, como o meu e o seu, deixaram de comprar o que desejavam para realizar nossos desejos. Filhos, amem seus pais, pois a saudade daqueles que maltratam deve ser triste e pesada.
Pai é um ser especial, deve ser lembrado com respeito, lembrado como aquele que nos deixa um legado e rastros, principalmente, de correção de bondade.”