(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

O capitalismo do futuro

Nenhuma nação pode ser considerada avançada se seu desenvolvimento econômico não englobar a totalidade dos seus filhos


postado em 07/12/2019 04:00

João Dewet Moreira de Carvalho
Engenheiro-agrônomo em Nanuque (MG)
 
 
 
Contar as histórias das guerras é relembrar toda a trajetória da humanidade. Pois, desde o princípio da sua existência, o homem não tem feito outra coisa. Algumas foram travadas apenas para saciar o desejo de mais poder de uns poucos. Outras visavam à libertação de povos oprimidos por governos maléficos. E incontáveis outras, simplesmente, devido às insurgências recorrentes da belicosa natureza humana.

No entanto, todo esse cruel procedimento revela a tremenda perda de material humano, bem como o imenso prejuízo material causado em todos os lados conflitantes. Por isso, as tentativas de explicar os motivos de tanta irracionalidade atraíram, e continuam atraindo, as mentes mais brilhante da intelectualidade. Tudo objetivando descobrir uma maneira de evitá-la e, se possível, redirecionar todo esse potencial explosivo para algo mais construtivo. Afinal, aí, sim, haveria verdadeira melhoria na qualidade de vida e real avanço da humanidade.

Ainda que involuntário, um dos setores mais beneficiados com o redirecionamento explosivo do ser humano é o modelo econômico capitalista. Pois o capitalismo é baseado, justamente, no uso desse potencial explosivo. Ao proporcionar que cada um possa usar sua força guerreira e sobressair, individualmente, através das oportunidades oferecidas pelo mercado para se fazer na vida. Ou seja, através da luta pela efetivação dos seus ideais empreendedores. Entre as quais, a criatividade inovadora e a perseverança em atingir alvos se destacam. Tudo com o sábio uso do risco calculado. Em que todo o seu labor, no final, resultará em uma qualidade de vida superior. E, assim, as nações se desenvolvem e beneficiam, pelo fruto desse trabalho e idealismo, até mesmo os que são avessos aos riscos. Pois geram, com essa ebulição empreendedora, uma imensa produção de riqueza distribuída por toda a sociedade, evidenciada em uma melhor qualidade de vida para todos. Fato que não ocorre em nenhuma das ilusórias utopias humanas, como o comunismo e o socialismo.

No entanto, é do conhecimento geral que hoje em dia predomina, em todo o mundo, certa restrição de acesso ao trabalho. Problema estrutural causado, principalmente, pelo uso massivo da tecnologia nos novos modos de produção. Por isso, nunca a criatividade humana se fez tão necessária para contornar essa lamentável restrição. Cuja consequência principal é a desigualdade acumulativa. Afinal, já passou o tempo em que o capitalismo selvagem fazia uso de frágeis argumentos de que nada poderia ser feito. Afinal, ele era o inevitável destino da modernidade. Bláblá-blá que a produção baseada em tecnologia começa a repetir. Esquecendo-se de que o mundo atual dispõe de conhecimento suficiente para contornar todas essas externalidades econômicas. Por isso, esses resquícios precisam ser sanados, para que o incomparável e competitivo modo capitalista de distribuição de riqueza possa ser melhorado e as parcelas mais frágeis da sociedade não sejam penalizadas.

O nó górdio da construção de uma nova sociedade, no século 21, é a dúvida se existe uma esclarecida e corajosa liderança nacional apta para equalizar esses problemas. Pois, para que isso seja concretizado, a responsabilidade não deve caber tão somente ao Estado, mas, principalmente, aos entes econômicos privados. Afinal, saber repartir, voluntariamente, parcela do lucro empresarial, viabilizando projetos que possibilitem colocação futura para uma geração de excluídos, ainda que seja em projetos de baixo ou nenhum retorno econômico, mas, social, passa a ser primordial. A sabedoria ensina que de onde nada se espera surgem as surpresas mais extraordinárias. Por isso, a participação nessa batalha é o que distinguirá os grandes empresários brasileiros como homens de visão, em detrimento dos que escolherem permanecer egoisticamente só acumulando, indefinidamente, esquecidos de que paletó de defunto não tem bolso.

Pois nenhuma nação pode ser considerada avançada se seu desenvolvimento econômico não englobar a totalidade dos seus filhos. Se hoje em dia parte desses cidadãos vulneráveis está sendo perdida para o mundo das drogas e do crime organizado, tão somente explicita a falência do modo de vida da elite baseado no extremo apego ao vil metal e da urgência do melhoramento do velho capitalismo. Certamente, há guerras que são imprescindíveis. Essa é uma delas. A da transformação econômica nacional para um renovado modo capitalista de viver. Mais humano e abrangente. E isso só os guerreiros empreendedores excepcionais são capazes de liderar. Pois são feitos que estão aquém das pessoas comuns. Por isso, só os extremamente aptos para ações extraordinárias serão capazes de assumir sua intransferível responsabilidade frente à nação de conduzi-la ao novo patamar requerido. Afinal, é o futuro do novo Brasil que está em jogo e a espera para ser construído, a fim de servir como o novo paradigma às outras nações.
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)