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Estado de Minas artigo

Minas Gerais e a agenda de mudança do clima

Nosso maior objetivo a priori é trabalhar arduamente na pauta da restauração florestal, com a ampliação da cobertura vegetal e o combate ao desmatamento


27/11/2021 04:00


Romeu Zema e Marília Melo  
Governador de Minas Gerais e secretária de Estado 
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

O tema da mudança do clima tem sido destaque na discussão nacional e internacional. A 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-26), que aconteceu recentemente, em Glasgow, na Escócia, discutiu os próximos passos para a implementação do Acordo de Paris. Os esforços globais para confrontar a crise climática foram revisitados e os resultados dos países, evidenciados. Além disso, a COP-26 teve como desafio a regulamentação do Artigo 6º do Acordo, que trata do mercado de carbono mundial, além de apresentar as melhores práticas para redução de emissões.
 
 
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Durante a conferência, ficou clara a importância que os governos subnacionais têm para a pauta de mudanças climáticas. Apesar de o problema apresentar escala global, as tratativas para a emergência climática que vivemos se dão de forma local. E é nesse contexto que Minas Gerais tem buscado trabalhar. A presença de Minas Gerais e de outros estados brasileiros na COP-26 demonstrou a representatividade dos governos locais. Ela revela o entendimento de que a competência sobre as mudanças do clima é comum à União e aos estados, o que não exime de responsabilidade os setores produtivos, considerando as emissões de gases de efeito estufa de cada segmento.

Minas Gerais é a segunda maior economia do Brasil, com atividade econômica baseada principalmente na agricultura e na indústria. Seu território é composto por três biomas – cerrado, mata atlântica e caatinga – e possui a maior área de florestas plantadas do país, com 2,3 milhões de hectares – 23,6% de toda a área plantada no Brasil. De toda a energia demandada no estado, 53% é fornecida por fontes renováveis, com grande potencial de crescimento. Minas é o estado líder no Brasil em geração de energia solar fotovoltaica: mais de 1 GW de potência, que representa 18% do total instalado no país.

A presença na COP-26 segue uma série de entregas feitas pelo governo de Minas, a exemplo da adesão, pioneira na América Latina e Caribe, à campanha Race to Zero, em junho de 2021. Desde então, outros nove estados brasileiros se comprometeram a reduzir as emissões pela metade até 2030.

Minas Gerais também aderiu à Corrida pela Resiliência junto com vários outros estados brasileiros. Nós, em Minas Gerais, reconhecemos a agenda de mudanças climáticas como uma prioridade governamental, que nos permite posicionar, perante o mercado atual e futuro, em bases sustentáveis. Este posicionamento estratégico é compartilhado pelas lideranças empresariais mineiras, marcadamente de vanguarda. O compromisso da campanha Race to Zero foi assinado em conjunto com as federações da indústria e da agricultura no nosso estado. Governo e empresários assumiram o compromisso conjunto com a trajetória de descarbonização em Minas Gerais.

Minas Gerais retorna da COP-26 com uma importante missão na agenda de mudanças climáticas. A atualização do Inventário de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, assim como do Plano de Ação Climática, são as primeiras agendas de trabalho. De forma pragmática, estabelecer as metas e propor as ações, será o nosso foco para apresentar resultados reais. Nosso maior objetivo a priori, conforme apresentado na COP-26, é trabalhar arduamente na pauta da restauração florestal, com a ampliação da cobertura vegetal e o combate ao desmatamento, além da atração de investimentos sustentáveis para mitigação e adaptação dos efeitos das mudanças do clima, incluso o setor de energia. Destaca-se, ainda, o importante papel dos municípios nessa agenda rumo à neutralização.

A agenda do clima, como a agenda ambiental, é o diferencial para atração de investimentos no estado. Da mesma forma, seguiremos com o compromisso que nossos produtos exportados não são produzidos às custas da degradação ambiental. Assim, promoveremos o desenvolvimento econômico sustentável que permita geração de emprego e renda, com a consequente melhoria da qualidade de vida do povo mineiro.


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