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Estado de Minas VIOLÊNCIA

Homem que teve ataque de fúria em centro comercial é ex-funcionário de loja

Autor é reincidente, já tinha cometido algumas ameaças e atos contra o estabelecimento, mas não tão violento. Prejuízo das lojas é estimado em R$ 80 mil


27/08/2023 07:35 - atualizado 27/08/2023 09:27
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Ocorrência no Gilberto Salomão.
Ocorrência no Gilberto Salomão. (foto: (Samantha Sallum/CB/D.A Press))

Um homem, de 39 anos, foi preso depois de quebrar, com uma barra de ferro , as vitrines de duas lojas no Centro Comercial Gilberto Salomão, na QI 05, do Lago Sul. O crime ocorreu, neste sábado (26/8), por volta das 14h30. Ele acabou ferido nos braços e no rosto com os estilhaços de vidro. Não houve registro de mais feridos.

O homem, identificado como Florisbelo Monteiro dos Santos Neto, foi detido pelos seguranças do centro comercial . Logo em seguida, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) o prendeu em flagrante e o conduziu para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Quem passou no local no momento da confusão levou um susto achando que poderia ser algum assalto. A área foi isolada por algumas horas pela PM devido à grande quantidade de vidro espalhado pela calçada.

O estrondo das vitrines sendo destruídas a pancadas com a barra de ferrou amedrontou clientes e comerciantes de pontos vizinhos às lojas atingidas: a Wish e a Vorix Menswear. Muitos pensaram tratar-se de um carro desgovernado invadindo estabelecimentos. Mas, o que ocorreu foi um ataque de fúria de um ex-funcionário do proprietário da ótica Vorix.

Florisbelo é reincidente, já tinha cometido algumas ameaças e atos contra a loja, mas não tão violento. Dessa vez, terá de responder por dano qualificado (similar a violência ou grave ameaça que ocorrem em crime de roubo), cuja pena é de detenção de 6 meses a 3 anos, além de multa. O prejuízo das lojas é estimado em R$ 80 mil.

O ataque foi presenciado pelo gerente de outra loja próxima, Marcelo Rodrigues, 42 anos. "O barulho foi bem alto; ele estava quebrando a segunda vitrine, quando vi. Ele arremessou o que parecia uma mochila com algo mais pesado dentro com algo muito pesado dentro. Ensaguentado na testa e nas mãos, tirou a camisa e gritou: podem me levar, podem me prender. É a forma que eu tenho de protestar. A justiça nunca me dá razão", relata Marcelo.

Ameaças e perseguição

Segundo Voriques Oliveira, 54 anos, dono da loja atacada, o ex-funcionário, que já não trabalhava na empresa há 7 anos, já vinha fazendo ameaças. "Há três anos, vivemos uma perseguição. A Justiça fez um grande trabalho para descobrir quem era o sujeito que nos ameaçava. Ele usava pseudônimos. Demos mais importância quando as ameaças chegaram ao nosso filho. Tanto ele sofreu ameaças, quanto a mãe dele (proprietária da outra loja). Que eu saiba, existem três condenações relacionadas a problemas anteriores", contou Voriques ao Correio Braziliense.

O empresário brasiliense, de destaque no segmento, diz não saber das motivações do agressor, e que buscou distanciamento do ex-funcionário. Voriques diz que inexiste processo trabalhista contra ele. "O que mais importa é que nenhum dos meus colaboradores, além da pressão psicológica, sofreu algo. Não posso mensurar o susto e o pavor que viveram. Isso tem que ser considerado. Ele (o agressor) estava munido de um objeto que eu posso tratar como uma arma branca. Ele poderia ter acertado a cabeça de alguém. Sou grato por não ter havido danos físico´´. Há 5 meses, uma outra vitrine da loja foi danificada, em horário de pouco movimento, mas a ação não foi captada pelas câmeras de segurança. O responsável pela segurança privada do centro comercial não quis dar entrevista. A reportagem tentou contato com a administração do local, que estava fechada.

Funcionárias de uma farmácia próxima às lojas atingidas, Maria Sousa, 22 anos, e Bruna Vidal, 21, levaram um grande susto. "No momento, achei que, pelo calor, o vidro tivesse estourado ou que um carro tivesse invadido o local", contou Bruna. "Na hora, os clientes ficaram assustados, e esperamos um pouco para ir ver o que tinha acontecido", explicou Maria.

"Foram estouros de dar medo mesmo. Por sorte, não tínhamos clientes por aqui. Acho que foi um caso isolado. Mas, mais segurança nunca é demais. Ficamos resguardados, na loja, na hora — achei até que o teto tivesse desabado", comentou a comerciante Érica Alves, de uma loja de roupa feminina próxima. Na 1a DP, F.M.S. não quis se pronunciar. No caso da vitrine anterior, o prejuízo foi da ordem de R$ 25 mil. Foi oferecida a possibilidade de fiança, mas, sem pagamento, ele segue detido, e, por 48 horas, caberá decisão em Audiência de Custódia.

 


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