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Estado de Minas PRISÃO PROVISÓRIA

Thiago Brennand: foi para prisão com quase o dobro de presos que comporta

Thiago Brennand, réu em oito processos criminais, foi levado para o Centro Detenção Provisória de Pinheiros, zona oeste de São Paulo


30/04/2023 15:40 - atualizado 30/04/2023 15:53
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Thiago Brennand algemado
O centro de detenção para o qual Thiago Brennand, CDP Pinheiros, tem a metade da população carcerária do Carandiru, que já foi considerado o maior presídio da América Latina (foto: Redes Sociais/Reprodução)


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Centro Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, para onde o empresário Thiago Brennand, 43, foi levado neste domingo (30), possui quatro unidades distintas, e todas elas com a lotação superior à sua capacidade.

Contagem realizada pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) na sexta-feira (28) apontava a presença de 4.228 presos, em uma área que comporta 2.452 pessoas.

Brennand é réu em oito processos criminais e teve cinco prisões preventivas decretadas por agressões e crimes sexuais como estupro. Ele sempre negou as denúncias. Neste domingo, a Justiça decidiu manter a ordem de prisão após uma audiência de custódia no Fórum da Barra Funda, na zina oeste da capital.

O CDP Pinheiros é a maior entre as unidades que abrigam presos provisórios na capital. Na Vila Prudente, zona leste, o CDP Vila Independência abrigava 1.211 pessoas nesta sexta, para uma capacidade de 822 pessoas. Já os dois centros no Belém, também na zona leste, abrigavam, respectivamente, 1.339 e 1.258 detentos, para 853 e 844 vagas.

Leia também: Justiça mantém prisão de Thiago Brennand.

A população carcerária do CDP Pinheiros é aproximadamente a metade do Carandiru, que já foi considerado o maior presídio da América Latina. A Casa de Detenção Professor Flamínio Fávero, demolida em 2002, chegou a ter 8.000 presos.

As comparações param por aí, já que o Carandiru abrigava muitos condenados pela Justiça e autores de diversos crimes. Em Pinheiros, todos os presos aguardam julgamento.

Conforme o presidente do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), Fabio Jabá, o centro de detenção passou a ser uma cadeia que recebe encarcerados que precisam de cuidados especiais, como aqueles suspeitos de cometerem crimes sexuais, LGBTQIA+ e agentes de segurança.

O CDP Pinheiros 4 é uma exceção. Ali ficam presos que estão em trânsito, ou seja, é uma passagem para aqueles que não vão permanecer no local.


Leia também: Lula sobre extradição de Thiago Brennand: Ele tem que pagar.

A SAP informou, em nota, que separa os presos condenados dos provisórios por tipo de crime, tempo de pena e perfil de periculosidade. Além disso, destina celas específicas para a população de travestis e transexuais, de acordo com uma resolução da secretaria publicada em 2014.

No caso dos centros de detenção provisória de Pinheiros, segundo a SAP, as quatro unidades possuem perfis distintos de presos, que são manejados de acordo com conveniência administrativa.

Alguns presídios abrigam presos que estão em trânsito na capital paulista e arredores, seja para consulta com especialistas no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, seja para futura transferência para outras unidades.

Vindo dos Emirados Árabes Unidos, local em que ficou foragido por sete meses, Brennand desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (Grande SP) na tarde deste sábado (29).

O empresário viajou para o exterior poucas horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por agredir a modelo Alliny Helena Gomes, 37, em uma academia e por corrupção de menor, uma vez que incentivou o filho adolescente a xingá-la.

Após as imagens da agressão serem divulgadas, várias mulheres se organizaram para denunciá-lo por crimes de estupro, cárcere privado, agressões físicas e verbais e perseguição.

Após não se apresentar na data estipulada pela Justiça de São Paulo para entregar o passaporte, Brennand passou a constar na lista de procurados da Interpol. Ele foi detido em Abu Dhabi em outubro do ano passado, mas pagou fiança para responder o processo em liberdade.

*Entenda os 5 pedidos de pressão contra Brennand

Os detalhes sobre o quinto pedido ainda não foram divulgados:

1 - Após a acusação de agressão à modelo Alliny Helena Gomes, Brennand deixou o Brasil em 4 de setembro, horas antes da denúncia do Ministério Público. O órgão determinou que ele retornasse ao Brasil até 23 de setembro e entregasse o passaporte. Como não cumpriu a medida, ele teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de setembro e tornou-se foragido. A viagem inicialmente foi para para Dubai, nos Emirados Árabes.

2 - Logo depois, no dia 17 de outubro, a Justiça decretou nova prisão contra Brennand, desta vez sob a acusação de tatuar à força e manter em cárcere privado uma mulher em Porto Feliz, no interior paulista.

3 - No dia 7 de novembro, ele teve a terceira prisão preventiva decretada pela Justiça. Na ocasião, os promotores Evelyn Moura Virginio Martins e Josmar Tassignon Júnior apresentaram denúncia contra ele por suspeita de estupro que teria ocorrido também em Porto Feliz.

4 - No dia 10 de fevereiro, o empresário teve a prisão preventiva decretada após denúncia da miss e estudante de medicina Stefanie Cohen. Ela afirma que foi estuprada por Brennand em 2021.

5 - No dia 22 de março, foi decretado o quinto pedido de prisão preventiva também por estupro. A reportagem não obteve detalhes sobre a identidade da vítima deste caso.

 

 


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