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Estado de Minas ERRO MÉDICO

Passista vai a hospital para retirar mioma, mas tem braço amputado

Alessandra dos Santos foi operada no Hospital da Mulher Heloneida Studart, no Rio de Janeiro e parte do braço esquerdo dela foi amputada


24/04/2023 19:15 - atualizado 24/04/2023 19:41

Duas mulheres
A equipe médica disse que o braço precisava ser amputado (foto: Reprodução/ TV Globo)
Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, passista da escola de samba Grande Rio, diz ter tido o braço amputado após uma cirurgia para a retirada de um mioma no útero.

 

O caso aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, em fevereiro deste ano, sete meses depois de ela ter sido diagnosticada.

 

Parte do braço esquerdo dela foi amputada. Até hoje, a família não recebeu uma explicação do motivo. "Só lembro de acordar sem o braço", disse ela em entrevista ao jornal "Bom Dia Rio", da Globo.

 

"Eu já estava fazendo todos os procedimentos para poder me cuidar lá [no Hospital]. Antes de operar, eu fiz todo o risco cirúrgico e todos os exames foram feitos lá", explicou.

 

Ela precisou fazer outro procedimento. Alessandra conta que precisou voltar para o centro cirúrgico para uma histerectomia total, ou seja, a retirada completa do útero. Ela ficou entubada depois da segunda cirurgia.

 

Alessandra chegou a ser transferida para outro hospital. Ela foi ao Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo, três dias depois da primeira cirurgia, e foi lá que a família soube o real estado de saúde dela. "Eu estava vendo que a minha filha não iria sair dali viva", disse mãe da passista, Ana Maria dos Santos.

 

A equipe médica disse que o braço precisava ser amputado. A mãe explica que o cirurgião lhe informou que o órgão já estava começando a necrosar e, por isso, precisava ser retirado.

 

 

O estado de saúde piorou. Depois que a família autorizou a amputação, as condições de Alessandra começaram a se agravar. Ela estava com o rim e fígados quase parando, e correndo risco de contrair uma infecção generalizada.

 

Ela precisou passar por outros cinco hospitais. A passista conseguiu uma vaga no Hospital Municipal Souza Aguiar, onde conseguiu se recuperar. Ela teve alta apenas no dia 4 de abril.

 

A família registrou um Boletim de Ocorrência. Segundo Bianca Kald, advogada de Alessandra, familiares já entraram com pedido para ter acesso aos prontuários médicos. Ela pretende entrar com uma ação contra o Estado do Rio de Janeiro.

 

"Eu quero que o hospital se responsabilize porque eles conseguiram acabar com a minha vida" Alessandra dos Santos Silva

Segundo a Globo, a Secretaria Estadual de Saúde pretende abrir uma sindicância para a apuração do que aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart, onde a primeira cirurgia foi feita.

 

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti), e os laudos médicos foram requisitados por agentes.


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