
Diante do quadro, a entidade aponta a necessidade de atenção e monitoramento contínuo da pandemia no Brasil.
Entre as 25 capitais com taxas divulgadas no documento, 13 estão na zona de alerta crítico, nove estão na zona de alerta intermediário e oito estão fora da zona de alerta.
Segundo pesquisadores da Fiocruz, o comportamento das taxas de ocupação em estados e capitais parece apontar para a interiorização de casos de COVID-19 pela variante Ômicron. Algumas capitais já apresentam quadro de estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto nos estados elas crescem expressivamente.
O documento destaca que o cenário atual não é o mesmo registrado entre março e junho de 2021, considerada a fase mais crítica da pandemia e ressalta que mesmo com aumento da oferta de leitos, observadas nas últimas semanas, a disponibilidade é bem menor.
A nota técnica alerta que o crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI SRAG/COVID-19 para adultos no SUS é preocupante, principalmente diante das baixas coberturas vacinais em diversas áreas do país, onde os recursos assistenciais são mais precários.
Avanço da vacinação e passaporte vacinal
Os pesquisadores ressaltam que uma parcela considerável da população que não recebeu a dose de reforço e da população não vacinada estão mais suscetíveis a formas mais graves da infecção pela Ômicron. Além disso, eles lembram que a elevada transmissibilidade da variante pode levar a números expressivos de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves.
Diante desse cenário, o documento reforça que é fundamental avançar com a vacinação, incluindo a exigência do passaporte vacinal. Os pesquisadores também sugerem a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos, campanhas para orientar à população e o auto isolamento para aqueles que apresentarem sintomas, evitando a transmissão.
Estados na zona de alerta crítico:
- Mato Grosso do Sul (103%),
- Goiás (91%)
- Distrito Federal (97%)
- Amazonas (80%) e
- Mato Grosso (91%).
Estados na zona de alerta intermediário:
- Pará (74%),
- Amapá (69%),
- Tocantins (78%),
- Ceará (67%),
- Bahia (74%),
- Rio de Janeiro (62%),
- São Paulo (72%),
- Paraná (72%),
- Alagoas (69%) e
- Santa Catarina (76%).
Estados fora da zona de alerta:
- Acre (57%),
- Maranhão (59%),
- Paraíba (41%),
- Sergipe (37%),
- Minas Gerais (37%)
- Rio Grande do Sul (54%),
- Rondônia (58%) e
- Roraima (52%).
Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 13 estão na zona de alerta crítico:
- Manaus (80%),
- Macapá (82%),
- Teresina (83%),
- Fortaleza (80%),
- Natal (percentual estimado de 89%),
- Maceió (81%),
- Belo Horizonte (86%),
- Vitória (80%),
- Rio de Janeiro (95%),
- Campo Grande (109%),
- Cuiabá (92%),
- Goiânia (91%) e
- Brasília (97%).
Nove estão na zona de alerta intermediário:
- Porto Velho (77%),
- Rio Branco (70%),
- Palmas (72%),
- São Luís (64%),
- Recife (77%, considerando somente leitos públicos municipais),
- Salvador (68%),
- São Paulo (75%),
- Curitiba (71%) e
- Florianópolis (68%).
Boa Vista (52%), João Pessoa (58%) e Porto Alegre (55%) estão fora da zona de alerta.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
