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Estado de Minas SOLIDARIEDADE

Brasil alcança R$ 7 bilhões em doações para combater danos da COVID-19

Do total arrecadado, 59% foi em dinheiro, 32% em produtos como máscara e cestas básicas e 8% em serviços


01/06/2021 18:19 - atualizado 01/06/2021 19:09

Cestas básicas estão entre os itens arrecadados para ajudar pessoas afetadas pela pandemia (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Cestas básicas estão entre os itens arrecadados para ajudar pessoas afetadas pela pandemia (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
O movimento de doações para o combate à pandemia da COVID-19 acaba de alcançar a marca de R$ 7 bilhões arrecadados no Brasil. A quantia foi atingida no sábado (26/5) e representa um recorde absoluto na história recente de doações para emergências no país.

 

A informação é do Monitor das Doações da COVID-19, criado pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). O controle passou a ser feito pela instituição em março do ano passado e tem como objetivo consolidar e conhecer os números das doações feitas no país para combater os efeitos do novo coronavírus.

Além disso, a iniciativa promove e inspira outras, criando um estímulo para uma “cultura de doação” cada vez maior no país. 


A ABCR é uma organização que reúne e representa os profissionais de captação, mobilização de recursos e desenvolvimento institucional, que atuam para as organizações da sociedade civil no Brasil. 

Mais investimentos 

Segundo Márcia Woods, presidente do Conselho da ABCR, a intensidade das ofertas havia estacionado em outubro do ano passado – em torno dos R$ 6,5 bilhões –, mas ganhou fôlego nos últimos meses, impulsionada por mais investimentos para o setor da assistência social

Márcia explica que o novo momento de doações é diferente do registrado no começo da pandemia, quando houve investimentos pesados de bancos e grandes companhias na área de infraestrutura, compra de equipamentos, respiradores, testes de COVID-19, entre outros. 

“A marca dos R$ 7 bilhões é bastante expressiva porque representa o dobro do que se vê normalmente de comprometimento com a filantropia institucionalizada no Brasil. A participação das empresas, de onde veio a maior parte das doações, também é bastante representativa”, ressalta.

Com a marca histórica, são 705.152 doadores que já contribuíram em pouco mais de um ano.

De acordo com o Monitor das Doações, a causa da saúde é a que mais recebeu investimentos, com 74% das doações, seguida da área da assistência social (20%), da educação (4%) e da geração de renda, com 3%. 

São consideradas doações com valores a partir de R$ 3 mil. Do total, 62% das ofertas foram feitas para pessoas jurídicas, 20% para institutos e fundações sem fins lucrativos, 8% para pessoas físicas e 6% para fundos filantrópicos.

Do montante doado, 59% foi em dinheiro, 32% em produtos como máscara, cestas básicas e equipamento hospitalar e 8% em serviços. 

Uma lista com o nome das empresas e entidades que vêm contribuindo está disponível no portal.

No site também é possível ver a lista das campanhas promovidas no país que mais arrecadaram. O Governo do Estado de São Paulo fica em primeiro, com R$ 1.800.000 bilhão.

Atualização constante 


O Monitor das Doações COVID-19 é atualizado duas vezes por semana pela ABCR com dados públicos, coletados na internet ou enviados para a organização.

Nenhum valor é somado ao monitor se não for público. 

Para fazer a exposição dos dados, são considerados três números diferentes: 

  • o valor total das doações: alcançou a marca dos R$ 7 bilhões 
  • o número total de doadores identificados: 705.152
  • valor mobilizado pelas campanhas de doação: R$ 3.798.374.306 arrecadados por 557 campanhas em todo o país.

As lives promovidas por artistas para arrecadar recursos foram responsáveis por R$ R$ 17.515.666. A que rendeu os resultados mais expressivos, equivalente a 38% do total, foi a “Fome de Música”, que contou com a participação da dupla Sandy & Júnior.

Os números não são somados, mas apresentados de forma isolada. Para incluir no site a informação sobre novas doações realizadas, basta escrever para o e-mail da ABCR

Panorama da filantropia no Brasil


Segundo João Paulo Vergueiro, diretor executivo da ABCR, a plataforma foi criada para oferecer um panorama maior de atuação e contribuição da filantropia, além de mostrar a qualidade das doações e seus resultados.

“Isso permite maior transparência para que possamos entender melhor o que foi a generosidade brasileira na pandemia, seu tamanho e impacto. É uma mobilização geral, que envolve toda a sociedade civil em movimento inédito e por uma única causa, que é o combate à COVID-19”, diz.

Para Márcia Woods, é necessário que haja a manutenção de uma visão de médio e longo prazo das doações.
 
“Só assim será possível que as organizações consigam fazer uma atuação contínua e sustentada para promover transformações sociais no Brasil”, conclui.  
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina  


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