
Rodrigo conta que 'no local havia cerca de 70 pessoas, com nome na lista de presença, venda de ingressos. Não tinha nenhum indício de ser uma festa familiar, como foi dito pelos organizadores do evento.' Ele completa que 'foram apreendidas várias drogas e pela primeira vez uma caixa de ivermectina, que estava com alguns comprimidos já ingeridos.'

Segundo o infectologista e professor de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Unaí Tupinambás, o risco maior de estar tomando este remédio e participar de uma aglomeração, é a falsa sensação de segurança, ou seja, a pessoa acredita que tomando este medicamento ela estará protegida de contrair e/ou transmitir o vírus. Porém, esse remédio, assim como a cloroquina, outro medicamente sempre citado, não tem comprovação cietífica contra a COVID-19. Além disso, a nova variante do vírus está acometendo pessoas das mais diversas idades, e os jovens estão com maior taxa de internação nas últimas oito semanas.
O clínico e coordenador do Laboratório Hermes Pardini, Carlos Rodrigues Alencar, explicou que 'a mistura da ivermectina com drogas ou bebidas alcoólicas, pode aumentar os efeitos do álcool e dos entorpecentes, ocorrendo uma sobrecarga do fígado. Já em pessoas contaminadas pela COVID-19, a mistura do medicamento nestes casos, pode acarretar em uma piora no estado de saúde geral do paciente.'
*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra