
“Lamentavelmente, estamos em colapso. Temos hospitais lotados, pacientes entubados em UPA. Não há espaço para nada. Estamos numa operação de guerra para aumentar leitos de UTI. É uma missão quase impossível”, afirmou durante uma entrevista ao Gaúcha Atualidade.
'Não importa se tu é bilionário ou sem-teto, não tem leitos de UTI em Chapecó e no oeste catarinense'
Prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues (PSD)
Segundo o Boletim Epidemiológico de COVID-19 divulgado nesta terça-feira (16/02) pela prefeitura de Chapecó, a cidade tem 19.175 casos confirmados da doença e 161 mortes. Os leitos de UTI estão com 164 internados, incluindo enfermaria e outros setores.
No último domingo (14/02), João Rodrigues tinha alertado para a situação da cidade. Ele fez um pronunciamento em transmissão pela internet, destacou que o nível de estágio na cidade é alarmante e que transferências de pacientes para outros municípios já estão sendo realizadas, devido à superlotação dos leitos hospitalares locais.
Segundo o prefeito, 73% dos testes de COVID-19 realizados nesse domingo (14/2) resultaram como positivo para a doença. Rodrigues, teme que o repique da pandemia na cidade seja causado por uma nova variante do vírus, que foi identificado em Santa Catarina na semana passada.
A situação alarmante na região levou a prefeitura de Chapecó a anunciar medidas mais rígidas para tentar frear o contágio do coronavírus. A prefeitura determinou o fechamento de bares e restaurantes e também proibiu a abertura de espaços de lazer, como cinemas.
“Algumas pessoas têm me criticado por fechar escolas, bares e igrejas, mas é uma medida necessária para frear o contágio”, defendeu o prefeito.
Rodrigues afirmou que busca apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que o Ministério da Saúde ajude na abertura de mais leitos na região.
Variante
O Ministério da Saúde informou na sexta-feira (12/2), que a variante brasileira da COVID-19, chamada P.1, foi identificada em ao menos dez estados brasileiros: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Quinze outros países - nas Américas, na Europa e na Ásia - também já identificaram a mesma mutação.
