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Estado de Minas TRATAMENTO PRECOCE

Conselho Federal de Medicina analisa App de Pazuello que receita kit COVID

O TrateCOV recomenda prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da COVID-19


21/01/2021 09:37 - atualizado 21/01/2021 10:12

CFM vai analisar aplicativo TrateCOV(foto: Reprodução/ Conselho Federal de Medicina)
CFM vai analisar aplicativo TrateCOV (foto: Reprodução/ Conselho Federal de Medicina)
O Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou que assessores técnicos e jurídicos da instituição façam uma análise do aplicativo TrateCOV. Eles avaliarão aspectos clínicos, jurídicos e éticos relacionados à ferramenta.
 
Após lançar o aplicativo TrateCOV, o Ministério da Saúde, liderado por Eduardo Pazuello, recebeu duras críticas. Na teoria, o sistema é de uso exclusivo dos profissionais da saúde, entretanto qualquer pessoa, com ou sem liberação dos órgãos competentes, consegue ter acesso ao serviço, através de uma versão disponível na internet. 
 
Além disso, o App de Pazuello orienta que os profissionais da saúde, prescrevam medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da COVID-19, são eles: hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina.
 
Em nota, o CFM reiterou que mantém seu parecer de que “até o momento, não existem evidências robustas de alta qualidade que possibilitem a indicação de uma terapia farmacológica específica para a covid-19”. 
 
Desde o fim de 2019, muitas drogas estão em teste e resultados são compartilhados diariamente, entretanto nenhuma mostrou eficácia 100% garantida e com reconhecimento internacional no tratamento. 
 
O Conselho Federal de Medicina, também afirmou estar acompanhando todos os desdobramentos da pandemia no Brasil e no mundo e age de forma transparente em favor da assistência e direito dos médicos e pacientes.
 
Veja a nota na íntegra:
 
Em relação ao questionamento encaminhado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já determinou uma análise do referido aplicativo. O trabalho será conduzido por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos que avaliarão aspectos clínicos, jurídicos e éticos relacionados à ferramenta.
 
Independentemente do aplicativo citado, o CFM reitera que mantém o entendimento do seu Parecer 4/2020, no qual informa que “até o momento, não existem evidências robustas de alta qualidade que possibilitem a indicação de uma terapia farmacológica específica para a covid-19”. 
 
Conforme traz o texto, “desde o final de 2019 existem dezenas de medicamentos em testes, e muitos dos resultados desses estudos estão sendo divulgados diariamente. Muitos desses medicamentos têm sido promissores em testes em laboratório e através de observação clínica, mas nenhum ainda foi aprovado   em ensaios clínicos com desenho cientificamente adequado, não podendo, portanto, serem recomendados com segurança”. 
 
O CFM continua atento aos desdobramentos relacionados à pandemia de covid-19, no Brasil e no mundo, agindo de modo isento, idôneo e transparente em favor da qualidade da assistência e dos direitos de médicos e de pacientes. 
 

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira


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