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Estado de Minas PANDEMIA

Bolsonaro diz que vacinas vindas da Índia devem atrasar 'dois ou três dias'

À TV Bandeirantes, presidente admitiu desencontros no traslado de unidades produzidas no exterior


15/01/2021 16:52 - atualizado 15/01/2021 17:31

Presidente falou sobre chegada de vacinas oriundas da Índia.(foto: Sergio Lima/AFP)
Presidente falou sobre chegada de vacinas oriundas da Índia. (foto: Sergio Lima/AFP)
A chegada ao Brasil das duas milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 importadas da Índia vai atrasar. Nesta sexta-feira (15/01), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que o avião destacado pelo governo federal para buscar as unidades deve deixar o país em “dois ou três dias, no máximo”. Na programação original, a aeronave sairia de Pernambuco nessa quinta (14). Depois, o cronograma foi alterado e a decolagem ficou prevista para a noite de hoje.


Ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, o presidente admitiu o problema na logística para a busca das doses feitas na Índia.

“Foi tudo acertado para disponibilizar dois milhões de doses. Hoje, está começando a vacinação na Índia. É um país com 1,3 bilhão de habitantes. Resolveu-se, e não foi decisão nossa, atrasar um ou dois dias até que o povo comece a ser vacinado lá. Lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. Daqui dois ou três dias, no máximo, nosso avião vai partir e trazer os dois milhões de vacinas”, disse, atribuindo o problema ao governo indiano.

Nessa quinta, Nova Délhi já havia falado publicamente sobre a impossibilidade de transferir, no tempo desejado, vacinas a outros países. O Ministério da Saúde quer iniciar a imunização na próxima quarta (20). Para isso, porém, o país depende do aval emergencial pedido por Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O atraso na chegada das doses da Índia, contudo, pode comprometer os planos. O material é ligado ao consórcio entre a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. Além delas, há outras seis milhões de unidades, sustentadas pelo Butantan, de origem chinesa. 


O presidente da República garantiu que o governo federal trabalha para desenvolver imunizantes nacionais. “Somos 210 milhões de habitantes. Dois milhões de doses equivalem a 1%, aproximadamente. É muito pouco. Não tem disponibilizado no mercado. Vamos procurar fazer, como está sendo muito bem tratado pelo Pazuello ao Butantan, nossa vacina aqui”, afirmou.

‘Ministro astronauta’ quer vacina, mas Bolsonaro não sabe detalhar projeto 


Durante a conversa com o âncora José Luiz Datena, o chefe do Executivo nacional assegurou que o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, trabalha no desenvolvimento de um imunizante totalmente nacional. Segundo o presidente, o trabalho do ex-astronauta Pontes pode resultar em uma vacina pronta ainda neste ano, mesmo que em caráter experimental.

Ao ser questionado sobre detalhes da produção, contudo, Bolsonaro não soube dizer onde os estudos estão sendo conduzidos. “Não tenho ideia (do local de desenvolvimento da vacina). O Marcos Pontes é uma pessoa diferenciada. Não sei onde está sendo construída essa vacina. Ele poderia dar as informações melhor que eu”, tergiversou.


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