Mais de dois meses depois do apagão que causou transtornos à população, o estado do Amapá voltou a registrar falta de energia em 13 dos 16 municípios. A origem do problema foi na linha de transmissão da empresa Linhas e Macapá Transmissora de Energia (LMTE), a mesma que havia afetado as cidades entre outubro e novembro do ano passado. Ao todo, foram 21 dias sem energia elétrica por causa de um incêndio numa subestação da capital, Macapá.
A LMTE informou que o problema foi rapidamente sanado e o fornecimento restabelecido no começo da noite desta quarta-feira. A empresa emitiu comunicado para explicar o problema e classificou a falta de energia na linha de transmissão energética de Laranjal a Macapá como uma “ocorrência externa ao seu controle”.
Sem fornecer mais informações sobre a causa do problema, a empresa se limitou a informar que “tal evento ocorre diariamente no Brasil” e “expõe a fragilidade do sistema de energia do Amapá, que não conta com redundância (de sistemas) devido à questão de planejamento setorial”.
Em nota, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), responsável por distribuir a energia para todo o estado, também informou que aguardará por informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e que o problema não teve qualquer relação com a distribuição. De acordo com a companhia, o fornecimento começou a ser restabelecido perto das 16h20 (17h20 em Brasília).
No ano passado, a falta de energia provocou perda de alimentos refrigerados e diversos tumultos no Amapá. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, anunciou a abertura de uma investigação para apurar as causas do apagão no estado.
O problema fez com que as eleições municipais fossem adiadas, a pedido do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP). Em 16 de novembro, balsas com geradores temelétricos (movidos a combustíveis) foram deslocados para o estado para serem instalados em subestações de Macapá e Santana. Foi o início da restauração da energia, retomado apenas em 24 daquele mês.