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Estado de Minas ANIMAIS EXÓTICOS

Exclusivo: testemunha afirma que estudante picado por naja traficava cobras

Testemunha ouvida pela polícia afirma que Pedro Henrique comprava e vendia cobras. Servidora do Ibama é investigada por conceder, ilegalmente, documentos para o transporte de animais a pessoas próximas, inclusive a amigo de estudante picado


24/07/2020 08:01 - atualizado 24/07/2020 08:14

Segundo testemunha, Pedro Henrique comprava e vendia cobras exóticas desde 2019
Segundo testemunha, Pedro Henrique comprava e vendia cobras exóticas desde 2019 (foto: Reprodução/Facebook)

Uma suposta quadrilha formada por estudantes de medicina veterinária e servidores públicos é alvo do inquérito policial que apura um esquema de tráfico internacional de animais exóticos e silvestres.

O documento, ao qual o Correio teve acesso com exclusividade, revela que, uma das testemunhas ouvidas pela polícia, confirmou, em depoimento, que Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, estudante atacado por uma naja, comprava e vendia cobras exóticas desde 2019.


O modelo de licença do Cetas segue as recomendações das Divisões Técnico-ambientais (Ditec). É comum, por exemplo, expedições de licenças para o transporte de animais silvestres que necessitam de atendimento veterinário externo, deslocamento entre unidades do Ibama e para a destinação, seja até a soltura no ambiente natural ou para um cativeiro legalmente admitido. Entre os locais aptos a receberem esses animais estão o Zoológico de Brasília e hospitais veterinários.
Adriana Mascarenhas concedia licenças para o transporte de animais silvestres e exóticos
Adriana Mascarenhas concedia licenças para o transporte de animais silvestres e exóticos (foto: Reprodução/redes sociais)


Fora isso, é vedada a autorização de licença para outros meios. No caso da servidora, o Ibama considerou que, além de violar gravemente a legislação de regência, ela demonstra a intenção em conceder o documento infringindo a norma legal, uma vez que, “à época dos fatos, era responsável pelo Cetas, possuindo larga experiência da função”.
 

Autorizações ilegais 

 
O Correio apurou que Adriana da Silva autorizou, também, a entrega de outras quatro cobras de espécie corn snake, dos Estados Unidos. As licenças foram emitidas em 13 de fevereiro de 2018 e em 19 de fevereiro de 2019, respectivamente. Ficou comprovado que a prática ilegal cometida pela servidora havia beneficiado pessoas próximas, como a manicure dela, que recebeu um mico-estrela, e a amiga do namorado, que conseguiu a autorização para a criação de dois papagaios.

Em declaração ao órgão, a manicure alegou que ela e Adriana são amigas e que o animal foi entregue como uma forma de ajudá-la no enfrentamento a uma depressão. No caso da outra mulher, a justificativa era a vontade de ter papagaios.

A servidora está afastada das funções até a conclusão das investigações. Ela está proibida de comparecer nas dependências do órgão, salvo para prestar depoimento em processo disciplinar, bem como o impedimento para acessar sistemas do Ibama. Na sexta-feira passada, o instituto afastou um outro funcionário, também lotado no Cetas,  por suposto envolvimento no caso da naja. Até o fechamento desta edição, a reportagem não havia localizado a defesa de Adriana Mascarenhas. O espaço está aberto para manifestação.

Serpente norte-americana 


Após ser um dos alvos da Operação Snake, deflagrada pela PCDF na quinta-feira passada, Nelson Júnior prestou depoimento na delegacia e afirmou que havia recebido uma serpente, corn snake, de presente.

Habeas corpus


» A advogada de defesa de Gabriel Ribeiro (amigo de Pedro Henrique), Amanda Bedaqui, informou à reportagem que entrou, ontem, com um pedido de habeas corpus. 

» O jovem está na carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), onde ficam os presos provisórios. Ele deve permanecer no local até domingo.


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