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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Petrobras e Firjan estudam teste de COVID-19 que reduz custo em 85%

Os atuais testes, do tipo RT-PCR, de alta precisão e considerados padrão ouro, custam em média R$ 90


postado em 07/05/2020 16:05 / atualizado em 07/05/2020 17:35

A Petrobras informou que o valor do teste poderá chegar até R$13(foto: Reprodução/ Internet)
A Petrobras informou que o valor do teste poderá chegar até R$13 (foto: Reprodução/ Internet)
Petrobras e Firjan Senai estão pesquisando em parceria uma nova metodologia de testes para identificar a contaminação do novo coronavírus (Sars-Cov-2), com potencial de aumentar em até 10 vezes a capacidade de análise e reduzir em 85% os custos. Os atuais testes, do tipo RT-PCR, de alta precisão e considerados padrão ouro, custam em média R$ 90, ao passo que, com a nova abordagem, o valor poderá chegar até R$13, informa a Petrobras em nota.

"A inovação é na metodologia de realização das testagens. A nova abordagem vai acelerar o protocolo de testes RT-PCR, pois permite a avaliação em pool, e não individual, da presença do vírus", disse um dos líderes do projeto na Petrobras, Rubens Akamine.

A nova metodologia, batizada de "pooling multiplex", prevê a análise, em tempo real, das amostras para detecção da COVID-19 num mesmo grupo de pessoas - de uma mesma empresa, por exemplo. Com esse formato, o laboratório ainda otimiza a quantidade de reagentes químicos nos ensaios - de três para apenas um - e aumenta a escala das testagens, barateando o processo. Outro ganho é o melhor aproveitamento da infraestrutura de laboratórios.

"Para se ter uma ideia, uma máquina de testes RT-PCR consegue fazer 1.500 testagens por dia, ao passo que a nova abordagem permitirá a realização de até 15 mil testes diariamente", explica a Petrobras em nota, observando que essa estimativa é conservadora, com possibilidade de aumentar em até 24 vezes o número de testes.

A expectativa é de que os novos testes sejam implementados nos próximos meses e a intenção é tornar viável a testagem em massa no País, informa a Petrobras.

"O Brasil enfrenta dois problemas: a demanda por testes supera a capacidade de execução e os preços são muito altos. Com o multiplex, o ganho em escala será muito maior. Nosso objetivo é reduzir a dependência à importação e ajudar a virar o jogo no combate à pandemia", disse o líder de produção das esteiras técnicas da frente científica de combate ao coronavírus na Petrobras, André Concatto.

O aumento de casos de COVID-19 na Petrobras tem trazido preocupação aos trabalhadores da empresa, com os números de contaminados subindo diariamente, principalmente nos que têm acesso a plataformas de exploração e produção offshore. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), até segunda-feira já eram 806 os contaminados pelo coronavírus na estatal, entre empregados e terceirizados.

A nova metodologia será aberta, para poder ser aplicada em outros laboratórios no País e no mundo. "Nossa expectativa é replicar essa abordagem para viabilizar as testagens em massa. A inovação é aberta. A intenção é que os fornecedores de insumos ajustem os kits com este novo método e adaptem suas linhas de produção", complementou Concatto.

A metodologia RT-PCR - considerada padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para detecção do vírus SARS-CoV2 - requer que uma amostra seja testada em três diferentes reações para validação dos resultados. Além de o protocolo ser relativamente longo, a disponibilidade de insumos no mercado está limitada em todo o mundo.

"A ideia visa otimizar protocolos, combinando as três reações, de maneira que os testes individuais sejam realizados apenas após a detecção de um positivo neste grupo de amostras", explica o pesquisador-chefe do Instituto Senai de Inovação em Química Verde, Antonio Fidalgo.


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