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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Mandetta: 'Não existe receita de bolo para o Brasil; a análise deve ser feita em cada estado'

O ministro da Saúde explicou em audiência nesta quarta-feira (11/3) quais são as ações do governo para combater o coronavírus


postado em 11/03/2020 15:09 / atualizado em 11/03/2020 16:36

(foto: Reprodução/TV Globo)
(foto: Reprodução/TV Globo)
O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta explicou em uma audiência geral nesta quarta-feira (11/3) quais são as ações do governo para combater o coronavírus. Entre elas, a ampliação do horário de atendimento nas unidades básicas de saúde e a criação de um conselho interministerial. "Não existe uma receita de bolo para o Brasil; a análise deve ser feita de estado para estado. Mas é muito importante que todos sigam as orientaçãoes", declarou.

Durante a manhã, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a epidemia de COVID-19, que infectou mais de 110 mil pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro, pode ser considerada uma 'pandemia'

'Países onde a população, como no Japão, levam as orientações e recomendações muito a sério. Aqui no Ocidente isso é muito diferente, por isso é de extrema importancia seguir os protocolos”, disse.

O ministro disse que, até 18 de março, todos os estados estarão aptos a fazer os exames laboratoriais de diagnóstico do coronavírus. Ele destacou que a maioria dos casos é de baixa gravidade e que a atenção maior é com idosos e pessoas com doenças crônicas. Ele confirmou ainda que o governo vai antecipar para 23 de março o início da campanha de vacinação contra a gripe.

Durante a coletiva, Mandetta ainda explicou sobre a ampliação do horário de atendimento nas unidades básicas de saúde. A previsão é de 1,5 mil para 6,7 mil postos de saúde no programa Saúde na Hora (5,2 mil a mais) e de que 90% dos casos serem atendidos em nível de atenção. Com isso, a expectativa é de que 40 milhões brasileiros serão beneficiados. 

O protocolo para a identificação dos voos também será alterado. Qualquer pessoa que chegar ao país com qualquer tipo de sintoma receberá atenção e tratamento imediatamente. “A declaração de pandemia foi importante porque agora fica muito mais facíl de identificar”, explicou. 

Isolamento

Mandetta também enfatizou a importância do isolamento domiciliar dos casos suspeitos e confirmados. Além da importância do protocolo de orientação para automonitoramento das pessoas que tiveram contato próximo com caso confirmado e assintomáticas. “O caso do espírito santo é um caso emblemático. A mulher estava contaminada. O marido se recusava a sair em quarentena e ficava andando pelo hospital. Chegando ao ponto de ter que fazer uma ordem jurídica. Isso não pode acontecer nunca mais”, disse.

Além disso, será publicada uma norma para definir o que é isolamento e o que é quarentena, para unificar o tratamento dos casos suspeitos e notificados em todo o País. O governo também comprou máscaras e outros equipamentos para profissionais de saúde e vai aumentar o número de médicos na atenção básica.

“É hora de organizar as redes hospitalares e rever os planos de contingência – por exemplo, avaliar a conveniência de cirurgias eletivas como bariátrica ou cirurgia plástica”, disse o ministro.

Outros pontos

  • Criação do conselho interministerial para ações dos demais ministérios
  • Orientação à sociedade para medidas de prevenção, como lavagem de mãos e etiqueta respiratória
  • Orientação sobre comunicação e sensibilização da rede de saúde pública e privada para identificação e notificação dos casos em estados e municípios

Brasil

O número de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil subiu para 37. Entre os novos casos confirmados, foram identificados um novo no Rio Grande do Sul e dois novos no Rio de Janeiro. No total, São Paulo concentra a maioria das pessoas infectadas (19), seguido de Rio de Janeiro (10), Bahia e Rio Grande do Sul (2) e Alagoas, Espírito Santo Minas Gerais e Brasília (1).

Os casos suspeitos ficaram em 876. Já os casos descartados somaram 880. A taxa de letalidade (a proporção de mortes em decorrência do vírus pelo número de casos) está em 3,4.

 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  


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