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Estado de Minas

Após divulgação de processo por estupro, João de Deus posta vídeo com filha

Em entrevista à revista Marie Claire, representante de Dalva Teixeira, filha do médium, afirmou que as imagens são antigas, feitas sob coação


postado em 12/12/2018 16:39 / atualizado em 12/12/2018 16:48

(foto: reprodução Instagram)
(foto: reprodução Instagram)
Depois de receber várias acusações de assédio sexual, João de Deus fez sua primeira aparição pública nesta quarta-feira (12/12). Além disso, o médium divulgou no Facebook um vídeo em que aparece ao lado de sua filha.

Em pouco mais de um minuto e meio, o vídeo mostra a filha desmentindo a informação de que ela teria movido um processo contra o pai, também por abuso. "Quero declarar a todos que essa pessoa que está aqui do meu lado nunca me abusou sexualmente, nunca me deixou passar falta de nada, nem eu nem meus filhos, e todos meus irmãos", comentou.

"O que estão fazendo com ele é injustiça. Tudo é por causa de dinheiro", completou ela, que se diz "envergonhada pela atitude dos filhos". Segundo o portal O Antagonista, os filhos da mulher já teriam processado João de Deus anteriormente pelo caso, que terminou em acordo. Agora o portal de notícias diz que a própria filha do médium move uma ação contra ele, pedindo indenização de R$ 50 milhões.

No vídeo, João de Deus fala por poucos segundos. "Eu quero que Deus te olha, te protege. Do jeito que eu olhei você, eu olhei todos", disse o médium ao comentar sobre a formação de seus filhos e netos.

Em entrevista à revista Marie Claire, porém uma representante de Dalva Teixeira, filha do médium, afirmou que a gravação é antiga e que a mulher teria sido coagida a gravá-la. Também segundo a representante, a filha de João de Deus vive hoje escondida e protegida.

"A Dalva só pode falar em audiência e foi coagida a fazer um vídeo em 2017, que foi divulgado agora como se ela o tivesse feito hoje, como se fosse um vídeo deste ano. Dalva foi internada contra a própria vontade e ficou sedada por muito tempo. A equipe do João foi até a clínica e a obrigou a gravá-lo. Se ela não fizesse isso, os filhos dela seriam mortos. Por conta disso, ela não seguiu com o processo. Ela conseguiu sair da internação e hoje tem sido ameaçada de morte pelos capangas do João de Deus", relatou Sabrina Bittencourt, que é ativista social pelos direitos humanos, mantém contato com a filha do médium e teria sido autorizada por uma advogada a falar em nome de Dalva.
 

Acusação

De acordo com o site O Antagonista, Dalva move contra o pai uma ação de reparação por danos morais sofridos em razão de estupro continuado, no valor de R$ 50 milhões. Os autos, no entanto, tramitam em segredo de justiça. Ao portal, o advogado Marcos Eduardo Cordeiro Bocchini disse que não poderia se manifestar em razão do sigilo. A filha classifica o pai como um homem bruto, violento e cruel. 
 
De acordo com a apuração do site, uma fonte do Ministério Público de Goiás informou que a vítima teria sido violentada quando era menor de idade. A reportagem diz que apesar da ação ter sido movida apenas este ano, os filhos da vítima já processaram João de Deus anteriormente pelo caso, o que teria sido encerrado após acordo.  
 
A notícia veio logo após uma série de denúncias de violência sexual por parte do médium. Mulheres de 10 unidades da Federação denunciaram ao Ministério Publico de Goiás (MPGO) 206 abusos. Uma delas procurou a Polícia Civil em Abadiânia. Para preservar a mulher, os detalhes do caso estão em sigilo. Duas delas são do exterior: uma dos Estados Unidos, outra, da Suíça.
 
Nesta quarta-feira, João fez sua primeira apariação pública após as denúncias. Às 9h40, o médium chegou a Abadiânia para atendimentos na Casa Dom Inácio de Loyola. Minutos depois, ele deixou o local amparado por advogados, funcionários e pessoas que se identificaram como médicos, segundo os quais ele passou mal durante o início dos trabalhos espirituais.  
 
Dentro da casa, o médium goiano disse que está à disposição da Justiça brasileira. "Irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Quero cumprir a lei brasileira. Estou nas mãos da Justiça. O João de Deus ainda está vivo", declarou. 
 
Repórteres e cinegrafistas que aguardavam João de Deus no local foram agredidos com socos e até mordidas. Alguns fiéis ameaçaram os profissionais de imprensa. "Vocês terão câncer e voltarão todos aqui para se curar. Você se arrependerão do que estão fazendo", gritava uma mulher. "Lamentamos o que aconteceu, não é de nosso costume, mas foi uma situação que saiu do controle", comentou Cláudio Prujar, voluntário da Casa Dom Inácio que ficou responsável por atender a imprensa.   

Com informações da Agência Estado 


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