Estudo inédito realizado pelo IBGE com base nos dados do Censo mostra que o país tinha, em 2010, 26 grandes concentrações urbanas, cinco delas no Estado de São Paulo. Os mapas apontam clara tendência de interligação entre os municípios, que ultrapassam as divisas territoriais e pedem políticas públicas integradas. Grandes manchas urbanas estão concentradas principalmente no Sudeste. Nas 26 grandes concentrações viviam 79 milhões de pessoas, ou 41,3% da população de 2010.
O conceito de grande concentração urbana se refere a grupos de cidades com forte ligação entre si que somam mais de 750 mil habitantes. O principal fator de integração entre os municípios é o deslocamento de moradores para trabalho ou estudo. Também são levados em conta os municípios que se aproximaram a ponto de parecerem um só (conurbação urbana). Na lista há dois municípios isolados, mas que, pelo grau elevado de urbanização, também se enquadram na classificação de grandes concentrações - Manaus (AM) e Campo Grande (MS).
O IBGE também estudou arranjos populacionais, que são grupos de cidades interligadas, independentemente do tamanho. Os arranjos com mais de 100 mil habitantes foram chamados concentrações e estão divididas em médias (que tem de 100 mil a 750 mil habitantes) e grandes (mais de 750 mil).
Como se trata do primeiro estudo, não permite comparações com anos anteriores. A ideia é que a pesquisa seja feita a cada dez anos, depois dos Censos, para acompanhar a evolução dos arranjos populacionais e das concentrações urbanas de todo o País.
