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Estado de Minas

Inocente fica detido por quatro dias, após ser confundido com homônimo

Cícero Gomes de Souza e a mulher tentaram explicar a situação aos policiais, que não lhes deram ouvidos. Episódio é semelhante ao do ator que passou 16 dias em cadeia do Rio


postado em 28/02/2014 07:46 / atualizado em 28/02/2014 07:59

A mãe de Cícero, Maria Rita, não se conforma com o caso:
A mãe de Cícero, Maria Rita, não se conforma com o caso: "Sei o filho que tenho e sofro em saber o que ele passou" (foto: Breno Fortes/CB/DA Press)
 

Na semana em que o país se comove com a história do ator Vinícius Romão de Souza, preso durante 16 dias por engano, policiais do Distrito Federal levaram um inocente à carceragem. De segunda-feira até ontem, o pedreiro Cícero Gomes de Sousa, 27 anos, ficou em poder da Polícia Civil. Ele foi detido por força de um mandado de prisão expedido pela Justiça de Pernambuco. O problema é que os agentes não se atentaram para a informação de que Cícero tem o mesmo nome de um primo. A única diferença está na data de nascimento. Mesmo tentando contestar, ele não teve direito de explicar que os agentes procuravam pelo seu homônimo. Depois de identificar o erro, a polícia concedeu o alvará de soltura de Cícero.

A prisão foi feita por agentes da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) em cumprimento a uma precatória da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Petrolina (PE). Cícero foi preso em casa, em Ceilândia, pelo crime de homicídio qualificado praticado em Pernambuco. Segundo a família, ele tentou dizer que era inocente. Mesmo assim, foi levado para a 14ª DP e, depois, para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), ao lado do Parque da Cidade. A polícia só detectou o erro no DPE e, então, solicitou a soltura do pedreiro. Caso ele continuasse preso, seria, inclusive, transferido para Pernambuco.

O diretor da Polícia Civil, Jorge Xavier, disse que é preciso averiguar se a ordem judicial está errada ou se o erro ocorreu durante o cumprimento da prisão. Se for comprovada a falha policial, o caso será encaminhado à Corregedoria da corporação. “Temos de saber se os policiais comunicaram imediatamente à Justiça sobre o erro também. É uma situação que precisa ser apurada. Se detectaram o erro e não tomaram providências, podem ser responsabilizados. Uma data de nascimento muda a identificação de quem é a pessoa”, disse.


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