Na semana em que o país se comove com a história do ator Vinícius Romão de Souza, preso durante 16 dias por engano, policiais do Distrito Federal levaram um inocente à carceragem. De segunda-feira até ontem, o pedreiro Cícero Gomes de Sousa, 27 anos, ficou em poder da Polícia Civil. Ele foi detido por força de um mandado de prisão expedido pela Justiça de Pernambuco. O problema é que os agentes não se atentaram para a informação de que Cícero tem o mesmo nome de um primo. A única diferença está na data de nascimento. Mesmo tentando contestar, ele não teve direito de explicar que os agentes procuravam pelo seu homônimo. Depois de identificar o erro, a polícia concedeu o alvará de soltura de Cícero.
O diretor da Polícia Civil, Jorge Xavier, disse que é preciso averiguar se a ordem judicial está errada ou se o erro ocorreu durante o cumprimento da prisão. Se for comprovada a falha policial, o caso será encaminhado à Corregedoria da corporação. “Temos de saber se os policiais comunicaram imediatamente à Justiça sobre o erro também. É uma situação que precisa ser apurada. Se detectaram o erro e não tomaram providências, podem ser responsabilizados. Uma data de nascimento muda a identificação de quem é a pessoa”, disse.