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Estado de Minas PORNOGRAFIA

Pornhub processado por supostamente lucrar com vídeos de agressão sexual

Mulheres cobram na Justiça "centenas de milhões de dólares" pelo uso de vídeos gravados quando ainda eram menores de idade ou sem consentimento


18/06/2021 10:21 - atualizado 18/06/2021 10:46

(foto: Ethan Miller / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)
(foto: Ethan Miller / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)


Trinta e quatro mulheres apresentaram uma ação na Califórnia contra o site de vídeos para adultos Pornhub, acusando também a empresa matriz MindGeek de lucrar, de maneira consciente, com imagens que mostram estupros e exploração sexual, inclusive de menores de idade.

Os advogados que representam as 34 demandantes acusam a empresa on-line - um dos maiores sites de vídeos para adultos do mundo - de criar um mercado para a pornografia infantil e "qualquer outra forma" de conteúdo sexual não consentido. Eles querem que o grupo pague por danos e prejuízos.

A MindGeek, o controverso império de entretenimento para adultos, é acusada de ser uma "empresa criminosa clássica", com um modelo de negócio baseado na exploração de conteúdos sexuais não consentidos.

"Este é um caso de estupro, não de pornografia", afirma a ação, que descreve o site como "provavelmente o maior depósito de pornografia infantil sem regulamentação na América do Norte e além".

Todas as demandantes, com exceção de uma, desejam permanecer anônimas. Elas moram nos Estados Unidos e no exterior, e 14 delas afirmaram que eram menores de idade quando foram filmadas e que devem ser consideradas "vítimas de tráfico sexual de crianças".

Michael Bowe, um dos advogados que representa as mulheres, declarou ao canal CBS News que o tribunal poderia condenar a MindGeek a pagar centenas de milhões de dólares a suas clientes.

Serena Fleites, a única demandante que teve o nome revelado, afirmou que em 2014 tomou conhecimento de que "um vídeo de nudez e sexualmente explícito" que seu namorado a obrigou a fazer quando ela tinha apenas 13 anos foi publicado no Pornhub sem o seu consentimento.

O vídeo permaneceu on-line até que a adolescente, que se fez passar por sua mãe, solicitou a retirada ao Pornhub.

Mesmo assim, o vídeo não foi removido por várias semanas, de acordo com a ação, e durante este período foi baixado e disponibilizado por vários usuários, e cada download do vídeo exigiu um novo pedido para remoção.

Os advogados das demandantes acusam a MindGeek de fazer uma "campanha" de manipulação on-line, em uma tentativa de desacreditar as vítimas, assim como de "ameaças de violência física e de morte" contra elas.

Também processam a Visa Inc., um das maiores empresas de processamento de pagamentos do mundo, por lucrar "de maneira consciente" com o tráfico ao prestar serviços comerciais para a MindGeek

Tanto Visa como Mastercard suspenderam o processamento de pagamentos para o Pornhub em dezembro, depois que uma reportagem do jornal The New York Times acusou o site de hospedar conteúdo ilegal, incluindo pornografia infantil e vídeos de estupros.

A ação afirma que a MindGeek é proprietária de mais de 100 sites pornográficos, incluindo Pornhub, RedTube, Tube8 e YouPorn, e recebe quase 3,5 bilhões de visitas por mês.

A MindGeek, com sede em Montreal, descreveu o processo em que é classificada como uma "empresa criminosa" de "totalmente absurdo, completamente imprudente e categoricamente falso", segundo a imprensa americana.

O Pornhub, que tem 130 milhões de visitantes por dia, nega as acusações de tráfico e anunciou uma série de medidas para combater os conteúdos ilegais.


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