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Rússia: senado aprova lei que facilita exclusão de opositores de eleições

Projeto de lei impossibilitaria a participação em eleições dos líderes, apoiadores e membros de entidades consideradas 'extremistas'


02/06/2021 07:44 - atualizado 02/06/2021 09:13

Crítico ao Kremlin, Alexei Navalny está preso na Rússia(foto: AFP / Dimitar DILKOFF)
Crítico ao Kremlin, Alexei Navalny está preso na Rússia (foto: AFP / Dimitar DILKOFF)
A Câmara Alta do Parlamento da Rússia aprovou nesta quarta-feira (2/6) por ampla maioria uma lei que abre o caminho para proibir que os aliados do opositor detido Alexei Navalny possam disputar as eleições.

O projeto de lei aprovado pelo Conselho da Federação impossibilitaria a participação em eleições dos líderes, apoiadores e membros de entidades "extremistas", uma classificação que a justiça avalia impor às organizações de Navalny.

A lei foi aprovada por 146 senadores, recebeu um voto contra e uma abstenção. Agora falta apenas a assinatura do presidente Vladimir Putin para que a lei entre em vigor.

Em paralelo, um tribunal russo estuda a possibilidade de designar as organizações favoráveis a Navalny como "extremistas", assim como grupos ultranacionalistas, ou religiosos.

Os críticos do Kremlin afirmam que as autoridades russas estão ampliando a repressão da oposição antes das eleições parlamentares de setembro.

A nova lei afeta não apenas os líderes das organizações, como ativistas e dezenas de milhares de pessoas que fazem doações.

Os líderes das organizações regionais de Navalny não poderão disputar as eleições parlamentares durante cinco anos.

Os membros das organizações e aqueles que ajudaram a financiá-las serão proibidos de apresentar candidaturas durante três anos.

As autoridades russas toleraram durante anos os grupos de oposição, incluindo o movimento político de Navalny, mas os críticos do Kremlin dizem que agora Moscou pretende eliminar qualquer vestígio de dissidência.

Navalny, que sobreviveu a um grave envenenamento com um agente neurotóxico de origem russa, cumpre desde fevereiro uma pena de dois anos e meio de prisão por uma condenação por peculato.


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