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Estado de Minas COVID-19

Nos EUA, desemprego marca o ritmo de uma economia em queda pela COVID-19

Subiu para 26 milhões o número de pessoas em busca de trabalho nas últimas cinco semanas


postado em 23/04/2020 13:25 / atualizado em 23/04/2020 14:44

Desemprego marca o ritmo da queda da economia norte-americana pela COVID-19(foto: Spencer Platt/ AFP)
Desemprego marca o ritmo da queda da economia norte-americana pela COVID-19 (foto: Spencer Platt/ AFP)
O sombrio panorama econômico deixado pelo coronavírus nos Estados Unidos piorou, nesta quinta-feira (23), com a divulgação de um relatório do governo apontando 4,4 milhões de novos pedidos de seguro-desemprego.


Com isso, sobre para 26 milhões o número de pessoas em busca de trabalho em cinco semanas.


Os número são mais baixos do que na semana anterior, quando se situaram em 5,2 milhões de pessoas que haviam pedido seguro-desemprego, conforme dados revisados ligeiramente para baixo pelo Departamento do Trabalho.


A pandemia atinge duramente os Estados Unidos, país com mais mortos registrados. De acordo com contagem da Johns Hopkins University, até quarta-feira (22), o total de óbitos chegava a 46.583.


A queda no número de pedidos de seguro-desemprego em relação à semana anterior mostra que a crise do coronavírus arrasou rapidamente parte do emprego criado pela recuperação posterior à grande recessão de 2009.


Os números desta quinta-feira (23) correspondem à semana de 12 a 18 de abril. Desde que o confinamento começou a paralisar a economia, o pior período registrado foi a última semana de março, quando houve mais de 6,8 milhões de pedidos desse beneficio.


O estado atual do emprego no país mostra um forte contraste com os números prósperos de fevereiro. Naquele mês, o desemprego havia atingido um mínimo em uma janela temporal de 50 anos, afetando 3,5% da população economicamente ativa.


Os números de abril, que serão publicados em 8 de maio, geram grande expectativa. Acredita-se que o índice de desemprego possa ficar acima de 10%.


Recuperação lenta

Para responder a esta crise, os legisladores da Câmara de Representantes chegaram a um acordo para votar um pacote de ajuda da ordem de 480 bilhões de dólares. Ele se somará a um colossal plano de 2,2 trilhões de dólares aprovado no final de março.


Apesar da ajuda do Congresso, estes números semanais deixam claro que a onda de demissões continuou pela quinta semana consecutiva.


Ian Shepherdson, da consultoria Pantheon Macroeconomics, destacou a queda, mas comentou que não é tão acentuada quanto se esperava. Segundo ele, o número total de desempregados expõe uma "realidade horrenda".


A Oxford Economics antecipa que pelo menos 30 milhões de vagas de trabalho serão perdidas.


"Esperamos que a recuperação do mercado seja lenta. Não esperamos que o mercado de trabalho volte aos níveis de 2020 até o início de 2022", afirmou a consultoria.


À medida que a pandemia avança, governadores e autoridades de saúde em todo país avaliam como combinar uma estratégia que freie o vírus e, ao mesmo tempo, consiga amenizar o impacto na economia.


O governador da Geórgia, Brian Kemp, anunciou um agressivo plano para suspender as restrições que buscavam conter os casos de contágio no estado. Isso significa que academias, salões de beleza e outros pequenos negócios poderão abrir a partir desta sexta-feira (24).


Seu correligionário da Flórida, o republicano Ron DeSantis, considera avançar nessa mesma direção.


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