Ela trabalhava na linha de frente na unidade de terapia intensiva do Hospital San Gerardo, na Lombardia, região mais afetada pelo coronavírus. Segundo a Federação Nacional de Enfermagem, a profissional estava sob muito estresse devido ao alto número de vítimas. O estado piorou a partir do momento em que ela foi diagnosticada com a doença.
“Expressamos nossa dor e consternação pelo suicídio de nossa jovem colega. Nossos 450 mil profissionais se unirão em torno dos parentes e da família de Daniela. Ela vivia estresse muito forte por medo de ter infectado outras pessoas”, diz o comunicado da entidade.
Diagnosticada com coronavírus no dia 10, Daniela foi posta em quarentena, mas não estava sob vigilância em casa. As autoridades do país investigarão a morte da enfermeira. Segundo a imprensa italiana, ela sofria de problemas cardiovasculares, o que teria agravado o problema do coronavírus.
Nesta semana, a Itália ultrapassou a China como maior vítima de contaminação do coronavírus, com 74.386 casos confirmados e 7.503 mortes. E já há uma apreensão acerca do risco para os profissionais de saúde no país, que lidam diariamente com os infectados. Cerca de 2,6 mil trabalhadores foram contaminados, o que gera críticas a respeito das estruturas de trabalho no país, muitas vezes inadequadas.